Bento XVI faz sua última catequese
Jéssica Marçal
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa
Bento XVI realizou, na manhã desta quarta-feira, 27, a última Catequese de seu
Pontificado. Uma multidão de fiéis compareceu à Praça São Pedro, no Vaticano,
para acompanhar de perto a última atividade pública do Santo Padre.
Bento XVI
enfatizou que amar a Igreja é também ter a coragem de fazer opções difíceis,
visando sempre ao bem da Igreja, e não de si mesmo. Ele agradeceu aos fiéis
pelo afeto de todos e, sobretudo, a Deus, que guia e faz crescer a Igreja.
“Obrigado
de coração! Estou realmente tocado e vejo a Igreja viva. Penso que devemos
agradecer também ao Criador, pelo clima belo que nos dá ainda no inverno. Como
o apóstolo Paulo, no texto bíblico escutado, também eu sinto, no meu coração, o
dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que
semeia a Sua Palavra e assim alimenta a fé no Seu povo. Neste momento, a minha
alma se expande para abraçar toda a Igreja no mundo”.
Bento XVI
também destacou que leva consigo todos em oração, um presente de Deus,
confiando tudo e todos ao Senhor. Em especial, neste momento, ele disse que há
em si uma grande confiança, porque ele sabe, e todos sabem, que a Palavra de
verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida.
“O
Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes
o escute, e acolha a graça de Deus na verdade e viva na caridade. Esta é a
minha confiança, esta é a minha alegria”.
O Santo
Padre recordou ainda o dia em que assumiu o pontificado, em 19 de abril de
2005. Ele disse que, nesses oito anos de pontificado, sempre sentiu que, na
barca, está o Senhor. “Sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é
nossa, mas do Senhor”.
Ele
reconheceu que um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora
lhe caiba a primeira responsabilidade. “O Senhor colocou ao meu lado muitas
pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que minhas forças tinham
diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a Sua luz para
tomar a decisão mais justa; não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei
este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma
profunda serenidade de espírito”.
O Papa
lembrou ainda o Ano da Fé, uma iniciativa que ele instituiu com o objetivo de
reforçar a fé em Deus, tendo em vista um contexto que parece colocá-Lo sempre
mais em segundo plano.”Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança
no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que estes
braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar cada dia,
mesmo no cansaço”.
Bento XVI
deixa o Ministério Petrino, nesta quinta-feira, 28, às 20h (horário de Roma,
16h em Brasília), e passará um período em Castel Gandolfo até a eleição do novo
Pontífice.
Fonte: Canção Nova
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