segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Encontro com sócios da Missão da Solidariedade 
em Lagoa do Carro 

Sócios da Comunidade Crux Sacra, da cidade de Lagoa do Carro-PE, participaram, no dia 24 de outubro, de um momento de espiritualidade. O encontro aconteceu na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Soledade (Lagoa do Carro), e reuniu cerca de 20 pessoas. 

O objetivo foi proporcionar um momento de partilha e louvor a Deus por todas as bênçãos alcançadas graças à Sua infinita bondade. Momentos de louvor, a oração do terço da providência, partilha da Palavra e testemunhos incluíram a programação do evento. 

A pregação foi feita pela coordenadora local (missão Carpina-PE) da Missão da Solidariedade, Lidiane Maria, membro consagrada da Crux Sacra. Nas suas palavras, um incentivo para que todos permaneçam confiantes e gratos à providência Divina, até mesmo em tempos de dificuldades; bem como fiéis a sua partilha, certos de que nada haverá de faltar e o Senhor proverá todas as coisas. 

E para concluir a noite tão especial, houve, ainda, um testemunho dado por Doralice Maria, Apóstola da Misericórdia e representante da Missão da Solidariedade na cidade.
Ministério de louvor Crux Sacra apresentou: 
Pérolas em Canções 


Uma noite de louvor e adoração, embalada por verdadeiras preciosidades da música Católica. Essa foi a marca do Pérolas em Canções que, em seu segundo ano, reuniu mais de 100 pessoas. O evento aconteceu, sábado, 20 de outubro, no Centro de Evangelização da Crux Sacra, na cidade de Itambé-PE ( sede da casa mãe da Comunidade). 

Ministradas por membros do ministério de louvor Crux Sacra, canções como Via dolorosa, Glória ao nosso Deus, Vem e eu mostrarei, A barca, Benditas são as lágrimas, Sonda-me, Cura-me, Leão da tribo de Judá e muitas outras ganharam novos arranjos, novas melodias, novas interpretações. 

Além do Fundador da Crux Sacra, Leonaldo Cordeiro, que fez a acolhida dos presentes e realizou um momento de partilha da Palavra; a noite ainda contou com participação de convidados especiais: Jair Nascimento, Aldenice Henrique (missionários e ministros de louvor da Crux Sacra), Ivonete e Lucilano (ex-integrantes do ministério de louvor da Comunidade) – que cantaram, juntos, a música “Imagem e Semelhança” –; e também o saxofonista Maksuel Cardoso, que tocou a canção “Ninguém te ama como Eu”. O ministério de dança da Crux Sacra e o grupo de teatro do Ser Diferente também marcaram presença, abrilhantando ainda mais a abertura e o encerramento da noite musical.

 Confira as fotos: aqui.
Missionários da Crux Sacra participam de formação 
com o Pe. Christiano de Souza 

No dia 18 de outubro, quinta-feira, missionários do elo de vida da Comunidade Crux Sacra (missão Carpina-PE) participaram de uma tarde de formação com o Pe. Christiano de Souza (Diocese de Nazaré), Doutor em Direito Canônico. O encontro aconteceu no Centro Pastoral da Diocese de Nazaré, na cidade de Carpina-PE. 

Sacerdote há 08 anos, e com experiência de docência na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e na Escola Teológica Pastoral Nova Evangelização (da Diocese de Nazaré), Pe. Christiano assiste, atualmente, a Paróquia de Nossa Senhora do Bom Parto, em Buenos Aires-PE. 

Na tarde de formação, ele fez uma explanação dos três primeiros capítulos do documento 94 da CNBB, referente às “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”. Segundo o Pe. Christiano, o objetivo do documento é potencializar o trabalho pastoral, no sentido de concentrar forças para que as ações evangelizadoras da Igreja se voltem para a mesma finalidade: levar vida plena. “Jesus é aquele que vem trazer plenitude de vida. Se essa é a missão de Jesus; a missão da Igreja é a missão de Jesus”, afirmou. 

A proposta, conforme os caminhos apontados pelo documento, é redescobrir a centralidade de Jesus e partir d’Ele; promovendo, assim, um conhecimento mais profundo acerca da pessoa de Jesus Cristo, a fim de levar as pessoas a vivenciarem uma experiência de intimidade com Ele. Sem isso, o seguimento a Jesus fica comprometido. “Se não há conhecimento, não há amor, sem amor não há identificação, sem identificação não há seguimento”, declara. E continua: “A nossa missão é levar Jesus aos corações. Partindo de Jesus nós podemos recriar o homem e a sociedade”. 

Questionado sobre o papel das Novas Comunidades no contexto das ações evangelizadoras propostas pelo documento, Pe. Christiano – inspirado pela dimensão de uma Igreja em permanente estado de missão – falou em um papel de conscientização e animação para uma nova vivência da fé, sobretudo por parte dos leigos. “As Comunidades Novas estão gerando um novo ardor, um novo despertar para o serviço, para que os leigos assumam a sua missão. Elas são um despertar para que a Igreja (povo de Deus) tome consciência de que todos nós podemos ser missionários, cada um na modalidade de vida que escolheu para si”, revela. Ele ainda disse que essa realidade (das Comunidades Novas) anima muito o Papa, justamente pelo florescer de vocações que elas suscitam.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Comunidade Crux Sacra realiza Novena das Rosas 

A Comunidade Crux Sacra realizou, no período de 09 a 17 de outubro, a novena de Santa Terezinha do Menino Jesus – padroeira das missões e baluarte de nossa Comunidade. Os encontros aconteceram na própria casa de missão da Comunidade, na cidade de João Alfredo-PE. 

Momentos de louvor, partilha da Palavra e a oração do terço integraram a programação da novena, que contou com a participação e animação de vários movimentos e pastorais da paróquia de Nossa Senhora da Conceição (João Alfredo). 

Tendo como tema central: “Tudo está bem quando se busca a vontade de Jesus”, os nove dias foram de muitas bênçãos. Cerca de quarenta fieis (inclusive apóstolos da Misericórdia e famílias que recebem a imagem de Jesus Misericordioso) participaram das noites de oração. Número que dobrou no último dia da novena, 17, que foi encerrada com a Santa Missa presidida pelo Pe. Jorge (Bom Jardim-PE). 

A novena não poderia terminar, é claro, sem que os fiéis recebessem um sinal concreto de que todos os pedidos estavam sendo acolhidos pela santa intercessora. Este sinal foi a distribuição de rosas, marca importante da gloriosa Terezinha do Menino Jesus.
Ser Diferente realiza Kairós para jovens 

O grupo jovem Ser Diferente (da Crux Sacra) realizou, nos dias 13 e 14 de outubro, um Kairós para jovens. O encontro aconteceu no centro de evangelização da Comunidade Crux Sacra, na cidade de Itambé-PE, e reuniu cerca de 40 pessoas. 

Foi um final de semana de muito louvor, animação e bênçãos da parte de Deus. A programação começou na noite do sábado, por volta das 20:00h, com uma cristoteca, animada por missionários da própria Comunidade. 

No domingo, das 10:30h às 12:30h, momento de louvor e uma pregação ministrada pelo membro consagrado da Crux Sacra, e seminarista, José de Assis que falou sobre o tema “O pecado tem jeito”. Os participantes puderam sentir o toque misericordioso de Jesus e viver uma forte experiência de cura e renovação interior.

A fé como antídoto contra o deserto espiritual que nos circunda


Milhares de fiéis e peregrinos compareceram esta quarta-feira na Praça S. Pedro para a Audiência Geral com o Santo Padre.

Em sua catequese, neste Ano da Fé, Bento XVI falou sobre o sentido da fé cristã neste nosso tempo, partindo de algumas perguntas: A fé ainda faz sentido num mundo em que ciência e técnica abriram horizontes até pouco tempo atrás imprensáveis? Que significa crer hoje? 

Para o Papa, no nosso tempo, é necessária uma renovada educação à fé, que nasça de um verdadeiro encontro com Deus em Jesus Cristo. Hoje, afirma o Pontífice, cresce ao nosso redor um deserto espiritual. 

A sensação, muitas vezes, é que o mundo não caminha em direção à construção de uma comunidade mais fraterna e mais pacífica. Não obstante a grandeza das descobertas científicas, parece que o homem não se tornou mais livre, mais humano. De outro lado, porém, cresce também o número dos que se sentem desorientados. “Necessitamos não somente do pão material, mas também de amor, de significado e de esperança, de um fundamento seguro, de um terreno sólido. É justamente isso que a fé nos doa: um entregar-se confiante a Deus, que dá uma certeza diferente, não menos sólida daquela que vem da ciência.” 

A fé, continuou o Papa, não é um simples assenso intelectual do homem, é um ato com o qual me entrego livremente a um Deus que é Pai e me ama. A fé é dom de Deus, um dom sobrenatural, que requer, da nossa parte, a adesão de mente e de coração, como fez Maria. Este “sim” transforma a vida, nos abre o caminho rumo à plenitude de significado, a torna nova, rica de alegria e de esperança

Após a catequese em italiano, o Papa fez um resumo da mesma em várias línguas, entre as quais o português: 

O nosso tempo exige cristãos fascinados por Cristo, que não se cansem de crescer na fé, por meio da familiaridade com a Sagrada Escritura e os Sacramentos. A fé não é apenas conhecimento e adesão a algumas verdades divinas; mas também um ato da vontade, pelo qual me entrego livremente a Deus, que é Pai e me ama. Crer é confiar-se, com toda a liberdade e com alegria, ao desígnio providencial de Deus sobre a história, como fez Maria de Nazaré. Nós podemos crer em Deus, porque Ele vem ao nosso encontro e nos toca. Na base do nosso caminho de fé, está o Baptismo, pelo qual nos tornamos filhos de Deus em Cristo e marca a entrada na comunidade de fé, na Igreja. Não se crê sozinho, mas juntamente com os nossos irmãos. Depois do Baptismo, cada cristão é chamado a viver e assumir a profissão da fé, juntamente com seus irmãos. Concluindo, a fé é um assentimento, pelo qual a nossa mente e o nosso coração dizem «sim» a Deus, confessando que Jesus é o Senhor. E este «sim» transforma a vida, tornando-a rica de significado e esperança segura.

Uma cordial saudação para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular dos grupos de diversas paróquias e cidades do Brasil, que aqui vieram movidos pelo desejo de afirmar e consolidar a sua fé e adesão a Cristo: o Senhor vos encha de alegria e o seu Espírito ilumine as decisões da vossa vida para realizardes fielmente o projeto de Deus a vosso respeito. Acompanha-vos a minha oração e a minha Bênção.

Fonte: Rádio Vaticano 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cardeal Odilo Scherer e os temas do Sínodo que se encerra nesta semana



Após a pausa desta segunda-feira, foram retomados na manhã desta terça-feira os trabalhos do Sínodo dos Bispos no Vaticano, sobre o tema da “Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã”. 

Na parte da manhã a apresentação da lista única das proposições e encontros em Círculos Menores.

Na parte da tarde a preparação das emendas às proposições. Mas sobre os trabalhos de hoje conversamos com o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer que participa dos trabalhos sinodais.

Fonte: Rádio Vaticano 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“Um grito profético em defesa da vida”



“Um grito profético em defesa da vida”. Assim, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, descreve a Caminhada Sim à Vida. Realizada há seis anos na Orla de Boa Viagem (com concentração em frente ao Castelinho e seguindo até o 2º Jardim), a manifestação tem como objetivo denunciar as práticas que ameaçam a vida desde a sua concepção até o seu fim natural. O evento será no próximo domingo, 21, e é realizado pela arquidiocese, por meio da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Vida e a Família. Em 2011, cerca de 150 mil pessoas encheram a avenida de alegria e esperança.

A caminhada sempre reuniu padres, religiosos e membros das 109 paróquias do território arquidiocesano. Além de contar com o apoio e participação de pessoas de outras religiões, mas que igualmente consideram a vida um dom supremo dado por Deus. Este ano, o “Sim à Vida” terá um caráter estadual. Bispos e delegações das nove dioceses que compõem a Província Eclesiástica de Olinda e Recife (Nazaré, Petrolina, Caruaru, Garanhuns, Floresta,  Palmares, Afogados da Ingazeira, Pesqueira e Salgueiro) já confirmaram presença.

Em abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou não ser crime o aborto de fetos que se desenvolvem sem cérebro ou parte dele. Em nota a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, lamentou a decisão: "Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções."

Segundo estimativas, com base em registros do Sistema Único de Saúde (SUS) de internações hospitalares causadas por abortos, ocorrem cerca de 1,5 milhões de abortos a cada ano. ‘É como se fosse eliminada totalmente a população de Porto Alegre, ou do Recife, ou de Campinas e Niterói juntas.’

O aborto é uma das inúmeras ameaças à vida, que preocupam Dom Fernando Saburido. “Diariamente, vemos ou somos informados de práticas contrárias à vida plena. Entre elas: o uso de drogas, extermínio de jovens, índios e negros. Não podemos cruzar os braços. Temos que agir e impedir que tais crimes se tornem banais e rotineiros”, enfatizou o arcebispo.

Outro caso preocupante é o número de jovens usuários de drogas. O Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizou pesquisa e revelou que ‘o Brasil é o maior mercado mundial do crack e o segundo maior de cocaína’. O levantamento divulgado no mês de setembro indica ainda que país é responsável por 20% do consumo mundial do crack.

O presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Vida e a Família, frei Dennys Pimentel, coordena as ações da caminhada. O religioso acredita que só Deus pode determinar o início e o fim da vida. “Deus colocou em nossas mãos a tarefa de cuidar da criação e não de decidir quem deve morrer ou o que deve ser extinto”, disse.

Comemoração - A presidenta Dilma Rousseff sancionou no dia 16 de maio de 2012 a Lei Nº 12.647, que institui o Dia Nacional de Valorização da Família a ser comemorado, anualmente, no dia 21 de outubro, em todo o território nacional.  O Sim à Vida será um grande evento da Arquidiocese de Olinda e Recife celebrativo e em prol da vida e da família.

6ª Caminhada Arquidiocesana Sim à Vida
Local: Avenida Boa Viagem (em frente ao Castelinho)
Dia: 21 de outubro de 2012
Horário: 8h (Concentração)
             9h (Saída)

Fonte: Pascom da Arquidiocese de Olinda e Recife

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Missionários da Crux Sacra em missão 
na comunidade de Espinho Preto de Baixo

No período de 09 a 12 de outubro, três missionários da Comunidade Crux Sacra participaram de uma missão na comunidade de Espinho Preto de Baixo, zona rural da cidade de Orobó-PE. O convite foi feito pelo pároco da cidade, o Pe. José Rogério (Paróquia de Nossa Senhora da Conceição). 

Além de animar – através da oração do terço, momentos de louvor e partilha da Palavra – as noites da novena de Nossa Senhora Aparecida (padroeira de Espinho Preto de Baixo), Madson Albuquerque, Lidiane Maria e Dênes Francisco também realizaram evangelizações porta a porta. Durante esse período, os três missionários visitaram algumas famílias da localidade para rezar, partilhar a Palavra de Deus e reforçar o convite para as festividades em honra à santa padroeira. 

Na sexta-feira, 12, eles animaram o encontro de espiritualidade do Apostolado da Oração; realizado, das 09:30h às 15:00h, no salão paroquial da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Orobó. Momentos de louvor e oração, pregações, testemunhos e a oração do Terço da Divina Misericórdia integraram a programação do encontro, que finalizou com a benção do Santíssimo Sacramento. 

O término da missão aconteceu na noite deste mesmo dia, na própria comunidade rural de Espinho Preto de Baixo, na festa de Nossa Senhora Aparecida; que foi solenemente encerrada com a tradicional procissão e, logo em seguida, a Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Rogério.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Balanço da primeira semana da 13ª Assembleia Geral Ordinária para o Sínodo dos Bispos


sinodo20121okO secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, e o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, conversaram com os jornalistas da Rádio Vaticano e fizeram um balanço da primeira semana do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, que trata da Nova Evangelização para a Transmissão da Fé.
Acompanhe a íntegra do que foi dito pelos bispos:
Dom Leonardo Steiner
dom_leonardo“Acho importante dizer que nesta primeira semana, creio que cada um dos padres sinodais teve uma sensação de uma Igreja universal. De uma Igreja que está presente em diversas culturas. Uma Igreja que procura se encarnar concretamente nas diversas realidades, não só América Latina, Europa, Ásia. A grandeza do Sínodo até o momento está em que cada Padre Sinodal pode sentir uma Igreja Católica, na sua diversidade, na sua grandeza, na sua tentativa de encarnar, na sua tentativa de ser presença de muita esperança, e uma presença de Deus.
Outro elemento talvez importante dessa primeira semana seja o desejo de que a Igreja seja muito mais presente. Uma Igreja humilde, no sentido de não ser uma Igreja que se impõe, mas uma Igreja que anuncia. Uma Igreja humilde como foi humilde a Criança de Belém, o Homem de Nazaré, o Crucificado Ressuscitado. O episcopado latino-americano está trazendo muito presente o Documento de Aparecida. Creio que o Documento possa abrir algumas perspectivas para toda a Igreja Católica”.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
dom_odilo_pastor“Foi uma semana intensa, após a abertura, que foi muito bonita, com o intervalo no meio para a abertura do Ano da Fé e a comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, os trabalhos foram intensos desde segunda-feira, 8 de outubro até a noite de sábado, 13 de outubro.
Com a participação de vários Padres Sinodais já deu para formar uma ideia do que se espera da Nova Evangelização, mas também dos vários conceitos que existem. Percebo que não há um conceito unitário sobre a Nova Evangelização. Seria necessário afinar um pouco, mas por outro lado, sente-se urgentemente a necessidade da Nova Evangelização como uma retomada da Evangelização, que em muitos lugares parou, por várias razões, talvez ainda numa mentalidade de cristandade que todo mundo é cristão, todo mundo é católico, e por isso mesmo, o processo de transmissão da fé acontece automaticamente, de geração em geração, a partir da família, da escola, da paróquia. Isto hoje se interrompeu de alguma forma, não inteiramente, mas, em grande parte se interrompeu pelas muitas transformações sociais e culturais havidas nestes últimos tempos, já pelas migrações, o povo das aldeias, das comunidades rurais que foram para as cidades. E isso muda muito a cabeça, as relações humanas e também as relações religiosas e eclesiais, mas por outro lado, as mudanças culturais que colocaram o homem no centro, mais do que o homem, o indivíduo, o sujeito no centro de tudo, de modo que já não está Deus no centro, não está a verdade no centro, não estão os valores absolutos no centro, mas sempre o sujeito, com suas escolhas, os seus gostos, as suas preferências, as suas vantagens. E isso tudo também foi transferido para o campo religioso, de maneira que vale tanto para a não religião, isto é, não querer ter religião, como para a religião ainda praticada, em boa parte, nas muitas formas alternativas de religião que aparecem em que não é Deus o centro, não é a verdade o centro, mas sim os gostos, algumas vantagens. Naturalmente, isto põe a Igreja Católica sob a pressão e a necessidade de rever os seus métodos, suas formas e é necessário retomar a Evangelização de forma renovada, não digo a partir dos conteúdos, porque os conteúdos da Evangelização são sempre o Evangelho, as verdades da fé, as verdades referentes aos valores morais e assim por diante, decorrentes justamente da fé. Porém, o modo de Evangelizar e o modo de se relacionar com o homem atual, com a cultura atual, isso sim muda muito. E é justamente isso que se está procurando no Sínodo, através dos muitos depoimentos, sugestões do que precisa ser destacado, do que deveria ter prioridade, de como fazer com novas iniciativas nas Igrejas locais. Acho que esta primeira semana já foi muito rica. Ela nos deu uma panorâmica de como na Igreja é sentida a necessidade de uma nova Evangelização e também as muitas formas e iniciativas de como essa nova evangelização pode se expressar”.
Fonte: CNBB

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dois milhões de fiéis pelas ruas de Belém para o Círio de Nazaré

Mais de três mil fiéis participaram da Missa do Mandato 2012, do Círio de Nazaré (Foto: William Serique / Divulgação)
Praça lotada e devotos emocionados: assim se pode definir o clima da missa do 220º Círio de Nazaré, presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello, representante do papa Bento XVI, e concelebrada pelo arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira, na Praça Frei Caetano Brandão, em frente a Catedral Metropolitana da Sé.
Mais de 50 mil pessoas participaram da missa celebrada às cinco horas da manhã. Quase duas horas depois, teve início a principal procissão que reuniu aproximadamente 2 milhões de fiéis.
Para o Núncio Apostólico, o momento foi um experiência única na sua vida. “Foi difícil dormir depois da Trasladação e ficar na espera para viver de novo essa experiência no domingo”, afirmou.
O Círio teve início na sexta-feira, com a primeira das onze romarias que compõem a quadra Nazarena. As homenagens continuam nas duas próximas semanas.
O Círio de Nazaré é uma das maiores festas religiosas do mundo. Realizado em Belém do Pará, há mais de dois séculos, congrega pessoas de todo o país numa caminhada de fé pelas ruas da capital paraense.
 Fonte: CNBB

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ano da Fé será aberto no Brasil na festa da Padroeira


O Ano da Fé, que será oficialmente aberto pelo Papa Bento XVI em Roma nesta quinta-feira (11), terá início oficial na Igreja do Brasil no dia 12 de outubro, data em que se comemora a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. A abertura se dará durante a missa solene da festa no Santuário Nacional, às 10h, que terá a presidência do Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes.

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convidou Dom Claudio para presidir a Celebração Eucarística porque o Cardeal Arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, está em Roma onde participa da abertura a convite do papa.

Dom Damasceno explicou que esta não é a primeira vez em que o Papa proclama um Ano da Fé. “O Papa Paulo VI, que é hoje venerado como Servo de Deus, proclamou também o Ano da Fé em 1967”.

O presidente da CNBB ressaltou ainda que Bento XVI, na Carta Apostólica Porta fidei (Porta da Fé), recorda a beleza e a centralidade da fé a nível pessoal e comunitário e fazê-lo em uma dimensão missionária.

“Precisamos fazer com que a beleza e a centralidade da fé cheguem até as pessoas que não conhecem Jesus Cristo e também na ótica da nova evangelização, isto é, fazer com que as pessoas que foram evangelizadas, mas que se esqueceram de Jesus recuperem a sua fé e retornem a vida da comunidade”, acrescentou o Cardeal.

Dom Damasceno reforçou que o Ano da Fé deve ser um momento para propor a leitura dos documentos do Concílio Vaticano II e aprofundar a sua reflexão para encontrar uma luz para nos guiar como cristãos no mundo de hoje.

“Portanto, a renovação da fé deve ser prioridade, um compromisso de toda a Igreja nos nossos dias”, acrescentou.

Homilia do Papa Bento XVI na abertura do Ano da Fé - 11/10/2012


Venerados Irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, com grande alegria, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II, damos início ao Ano da fé. Tenho o prazer de saudar a todos vós, especialmente Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla, e Sua Graça Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária. Saúdo também, de modo especial, os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais católicas, e os Presidentes das Conferências Episcopais. Para fazer memória do Concílio, que alguns dos aqui presentes – a quem saúdo com afeto especial - tivemos a graça de viver em primeira pessoa, esta celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no termo desta celebração, antes da Bênção Final. Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. E este sentido foi e ainda é a fé em Cristo, a fé apostólica, animada pelo impulso interior que leva a comunicar Cristo a cada homem e a todos os homens, no peregrinar da Igreja nos caminhos da história.

O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre. Entre estes dois Pontífices, Paulo VI e João Paulo II, houve uma profunda e total convergência na visão de Cristo como o centro do cosmos e da história, e no ardente desejo apostólico de anunciá-lo ao mundo. Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus. Ele é o cumprimento das Escrituras e seu intérprete definitivo. Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (Hb 12,2).

O Evangelho de hoje nos fala que Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro e perene sujeito da evangelização. “O Espírito do Senhor está sobre mim, / porque ele me consagrou com a unção / para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (Lc 4,18). Esta missão de Cristo, este movimento, continua no espaço e no tempo, ao longo dos séculos e continentes. É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, impele a levar a Boa-Nova aos pobres, tanto no sentido material como espiritual. A Igreja é o instrumento primordial e necessário desta obra de Cristo, uma vez que está unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Estas foram as palavras do Senhor Ressuscitado aos seus discípulos, que soprando sobre eles disse: “Recebei o Espírito Santo” (v. 22). O sujeito principal da evangelização do mundo é Deus, através de Jesus Cristo; mas o próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos infundindo o Espírito Santo nos discípulos, o mesmo Espírito que repousou sobre Ele, e n’Ele permaneceu durante toda a sua vida terrena, dando-lhe a força de “proclamar a libertação aos cativos / e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

O Concílio Vaticano II não quis colocar a fé como tema de um documento específico. E, no entanto, o Concílio esteve inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de ter que, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo. Neste sentido, o Servo de Deus Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio, se expressava usando estas palavras: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce. Bastaria recordar [algumas] afirmações do Concílio (...) para dar-se conta da importância fundamental que o Concílio, em consonância com a tradição doutrinal da Igreja, atribui à fé, a verdadeira fé, que tem a Cristo por fonte e o Magistério da Igreja como canal” (Catequese na Audiência Geral de 8 de março de 1967).

Agora, porém, temos de voltar para aquele que convocou o Concílio Vaticano II e que o inaugurou: o Bem-Aventurado João XXIII. No Discurso de Abertura, ele apresentou a finalidade principal do Concílio usando estas palavras: “O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. (...) Por isso, o objetivo principal deste Concílio não é a discussão sobre este ou aquele tema doutrinal... Para isso, não havia necessidade de um Concílio... É necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada de forma a responder às exigências do nosso tempo” (AAS 54 [1962], 790791-792).

À luz destas palavras, entende-se aquilo que eu mesmo pude então experimentar: durante o Concílio havia uma tensão emocionante, em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem sacrificá-la frente às exigências do presente, nem mantê-la presa ao passado: na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão. É por isso que repetidamente tenho insistido na necessidade de retornar, por assim dizer, à “letra” do Concílio - ou seja, aos seus textos - para também encontrar o seu verdadeiro espírito; e tenho repetido que neles se encontra a verdadeira herança do Concílio Vaticano II. A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança.

Se nos colocarmos em sintonia com a orientação autêntica que o Bem-Aventurado João XXIII queria dar ao Vaticano II, poderemos atualizá-la ao longo deste Ano da Fé, no único caminho da Igreja que quer aprofundar continuamente a “bagagem” da fé que Cristo lhe confiou. Os Padres conciliares queriam voltar a apresentar a fé de uma forma eficaz, e se quiseram abrir-se com confiança ao diálogo com o mundo moderno foi justamente porque eles estavam seguros da sua fé, da rocha firme em que se apoiavam. Contudo, nos anos seguintes, muitos acolheram acriticamente a mentalidade dominante, questionando os próprios fundamentos do depositum fidei a qual infelizmente já não consideravam como própria diante daquilo que tinham por verdade.

Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras a uma efeméride, mas porque é necessário, ainda mais do que há 50 anos! E a resposta que se deve dar a esta necessidade é a mesma desejada pelos Papas e Padres conciliares e que está contida nos seus documentos. Até mesmo a iniciativa de criar um Concílio Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização – ao qual agradeço o empenho especial para o Ano da Fé – enquadra-se nessa perspectiva. Nos últimos decênios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. A primeira Leitura falava da sabedoria do viajante (cf. Eclo 34,9-13): a viagem é uma metáfora da vida, e o viajante sábio é aquele que aprendeu a arte de viver e pode compartilhá-la com os irmãos - como acontece com os peregrinos no Caminho de Santiago, ou em outros caminhos de peregrinação que, não por acaso, estão novamente em voga nestes últimos anos. Por que tantas pessoas hoje sentem a necessidade de fazer esses caminhos? Não seria porque neles encontraram, ou pelo menos intuíram o significado do nosso estar no mundo? Eis aqui o modo como podemos representar este ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos.

Venerados e queridos irmãos, no dia 11 de outubro de 1962, celebrava-se a festa de Santa Maria, Mãe de Deus. A Ela lhe confiamos o Ano da Fé, tal como fiz há uma semana, quando fui, em peregrinação, a Loreto. Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: “A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai” (Col 3,16-17). Amém.





Fonte: Canção Nova

Bento XVI abre oficialmente o Ano da Fé



Com uma Santa Missa realizada no Vaticano na manhã desta quinta-feira, 11, o Papa Bento XVI abriu oficialmente o Ano da Fé. A proposta do Pontífice é que este seja um tempo de reflexão para que fiéis católicos de todo o mundo possam redescobrir os valores da sua fé. 

No dia em que também se comemoram os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o Papa presidiu a celebração eucarística com a participação de 400 concelebrantes. Entre eles, estavam alguns brasileiros, como o cardeal arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 

Fazendo memória ao jubileu de ouro do Concílio, um acontecimento que marcou a vida da Igreja, o Papa explicou que a celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos. A procissão inicial quis lembrar a procissão dos Padres conciliares, houve a entronização do Evangeliário, que é uma cópia daquele utilizado durante o Concílio e a entrada das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica. 

“Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido”, disse.

O Papa explicou que o Ano da Fé está em coerência com todo o caminho da Igreja nos últimos 50 anos, desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus, Paulo VI até chegar ao Jubileu do ano 2000, em que o Bem-Aventurado João Paulo II propôs à humanidade Jesus Cristo como único Salvador. 

“Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus”, enfatizou o Papa. Ele lembrou que, como diz o Evangelho do dia, Jesus Cristo é o “o verdadeiro e perene sujeito da evangelização”. 
Por que ter um Ano da Fé?

Ainda na homilia, o Papa Bento XVI explicou que a Igreja proclama um novo Ano da Fé não para “prestar honras a uma efeméride”, mas sim porque é necessário, mais ainda do que 50 anos atrás. 

Isso porque nos últimos decênios o Papa lembrou que se tem visto o avanço de uma “desertificação” espiritual, um vazio que se espalhou. Mas estas situações, de acordo com o ele, permitem redescobrir a alegria e a importância de crer. 

“No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente”.

Dessa forma, Bento XVI explicou que o modo de representar este Ano da Fé é como uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o essencial. “... nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos”.

Concílio Vaticano II

Sobre o Concílio, Bento XVI destacou que seu objetivo não foi colocar a fé como tema de um documento específico. No entanto, ele explicou que o Concílio foi animado pela consciência e pelo desejo de “imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo”. 

O Santo Padre também enfatizou que numa ocasião como esta de hoje, o mais importante é reavivar na Igreja aquele desejo ardente que se teve no Concílio de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. 

“Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão”. 

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CRESCE O CATOLICISMO NA AMÉRICA


Mons. Carlos Aguiar Retes narra o caminho incipiente e confiante da Nova Evangelização no Novo Continente

Por Mons. Carlos Aguair Retes
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 9 outubro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir uma síntese da Exposição sobre o continente americano, realizada por Mons. Carlos Aguiar Retes, Presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM.) (México), na tarde de ontem, durante a segunda Congregação Geral da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
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A renovação pastoral na América, lançada em resposta ao Concílio Vaticano II, tornou mais dinâmica a vida interna da Igreja: aumentaram os agentes da pastoral, intensificou-se a formação na fé, cresceu a participação e a comunhão eucarística dos fieis à missa dominical; são, portanto, numerosos e vários os aspectos positivos da renovação pastoral da Igreja (cf. DA, n. 99). No entanto, este crescimento não ocorreu na proporção do crescimento demográfico dos nossos povos; são vistas grandes áreas de católicos distantes e mornos na sua identidade católica, embora, certamente, crentes (cf. DA, n. 100, a).
A religiosidade continua a ser viva e é a maior reserva potencial dos nossos povos ("Uma característica distintiva da América é a existência de uma intensa piedade popular enraizada nas diferentes nações. Encontra-se em todos os níveis e em todos os setores sociais,  adquirindo especial importância como lugar de encontro com Cristo para todos aqueles que com o espírito de pobreza e humildade de coração buscam sinceramente a Deus (cf. Mt 11, 25)": EIA, n 16). Essa, se guiada pela Palavra de Deus ("Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Com estas palavras, Jesus se apresenta como o único caminho que conduz à santidade. Mas o conhecimento concreto de tal itinerário acontece por meio da Palavra de Deus que a Igreja proclama com a sua pregação”: EIA, n. 31), prepara o coração do crente à descoberta de Cristo (cf. Instrumentum Laboris para a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, n. 21 "Anunciar a Deus significa introduzir na relação com Deus: ensinar a rezar”: NE, JR), deixando-se seduzir pelo Senhor da Vida (O encontro com o Senhor produz uma profunda transformação dos que não se fecham a Ele. O primeiro impulso decorrente de tal transformação é comunicar aos outros a riqueza descoberta na experiência deste encontro: EIA, n. 68) e concordando em participar com maior consciência da Igreja como membro de uma comunidade de discípulos missionários, que pratica uma espiritualidade cristã (o seguimento de Cristo tem um objetivo muito maior: a identificação com Ele, ou seja, a realização da união com Deus ": NE, JR), que permite a santificação dos seus membros pela comunhão com Deus Pai, no Espírito Santo (a santidade é a meta do caminho de conversão, porque ela "não é um fim em si mesma, mas um caminho para Deus, que é santo. Ser santos é imitar a Deus e glorificar o seu nome nas obras que realizamos na nossa vida (cf. Mt 5, 16)": EIA, n 30).
As pequenas comunidades conectadas umas às outras estão experimentando a vantagem da comunicação e da comunhão. A paróquia é renovada mostrando um rosto novo da Igreja que cresce e se desenvolve com força (cfr. Instrumentum Laboris para a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, n. 80-107), quando a paróquia está em estreita relação com as outras, guiadas juntamente, como diocese, pelo Bispo ("Um caminho de renovação paroquial, especialmente urgente nas paróquias das grandes cidades, pode ser encontrado talvez considerando a paróquia como comunidade de comunidades e de movimentos”. EIA, n. 41). Esta dinâmica de comunhão eclesial é mais urgente e necessária nas cidades e nas grandes áreas urbanas das metrópoles (cfr. DA, nn. 517-518).
A vida da Igreja como comunidade de comunidades, na comunhão e na unidade, permite a cada cristão descobrir que no XXI século é possível viver como discípulo de Cristo em uma comunidade de discípulos do Senhor Jesus e tomar consciência como discípulo missionário da urgente necessidade de dar um testemunho crível e de confiança da fé no mundo atual ("Anunciando a conversão, devemos oferecer também uma comunidade de vida, um espaço comum do novo estilo de vida. Não é possível evangelizar somente com palavras. O Evangelho cria a vida, cria a comunidade a caminho. Uma conversão meramente individual não tem consistência": NE, JR).
Os processos de planejamento pastorais diocesanos abrem os espaços para a formação do discípulo missionário e da missão continental. A pastoral orgânica descrita no Plano Pastoral Diocesano está concretizando o que a Novo Millennio Ineunte indica: tomar forma o que afirma o MNI: " É nas Igrejas locais que se podem estabelecer as linhas programáticas concretas — objetivos e métodos de trabalho, formação e valorização dos agentes, busca dos meios necessários — que permitam levar o anúncio de Cristo às pessoas, plasmar as comunidades, permear em profundidade a sociedade e a cultura através do testemunho dos valores evangélicos."(NMI, n.29).
Por isso, atrevo-me a dizer que a Nova Evangelização, que abre caminhos na América, parte do encontro com Cristo que a Igreja oferece aos fieis cristãos ("Jesus Cristo é a "boa notícia" da salvação dada a conhecer aos homens de ontem, de hoje e de sempre; mas ao mesmo tempo é também o primeiro e supremo evangelizador. A Igreja deve colocar no centro da sua atenção pastoral e da sua ação evangelizadora Cristo crucificado e ressuscitado. "Tudo o que se planeja em campo eclesial deve partir de Cristo e do seu Evangelho”: EIA, n. 67) e levar à descoberta da vida disciplinar ("O anúncio de Deus leva à comunhão com Deus na comunhão fraterna, fundada e vivificada por Cristo” NE, JR ), expressão da espiritualidade de comunhão.
Desta forma, a vida diocesana e paroquial se aproxima daquela familiar, a Igreja doméstica (Para ser verdadeiramente "Igreja doméstica", a família cristã é chamada a constituir o âmbito em que os pais transmitem a fé, devendo ser “para os próprios filhos, com a palavra e com o exemplo, os primeiros anunciadores da fé”: EIA, n. 46), apoiando-se reciprocamente e contribuindo para estabelecer as bases para enfrentar a crise educacional do nosso tempo (Lineamenta para o XIII Assembléia Geral Sínodo, n. 20).
[Tradução do Italiano por Thácio Siqueira]

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Três brasileiros ao lado do Papa na abertura do Ano da Fé



Na próxima quinta-feira, dia 11 de outubro, o Santo Padre presidirá uma celebração eucarística que marcará o início do Ano da Fé e o 50° aniversário do Concílio Vaticano II. Foram convidados para concelebrar a missa os líderes das Igrejas Orientais Católicas e os Presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, assim como os 69 prelados que participaram do Concílio Vaticano II. Doze deles já confirmaram presença.

Da América Latina, três padres conciliares do Vaticano II concelebrarão com Bento XVI. Dois são brasileiros: o Cardeal-Arcebispo emérito de Belo Horizonte, Dom Serafim Fernandes de Araújo; e o Bispo emérito de Iguatu, Ceará, Dom José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago. Dom José de Jesús Sahagún, Bispo emérito de Ciudad Lázaro Cárdenas, em Michoacán, no México, é o terceiro latino-americano.

Também concelebrando com o Papa estará Dom Raymundo Damasceno Assis, Cardeal-Arcebispo de Aparecida, e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

No dia seguinte, dia 12 de outubro, Bento XVI celebrará novamente com os padres conciliares no túmulo de São Pedro. 

sábado, 6 de outubro de 2012

Domingo, vote consciente!

Neste domingo, 7, todos os brasileiros deverão participar das Eleições Municipais 2012 para escolher os prefeitos e vereadores das cidades brasileiras. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil tem cerca de 140 milhões de eleitores. Muitos cidadãos já escolheram seu candidato e tem outros que ainda estão em dúvida, mas é bom reforçar que o voto não é apenas uma obrigação é um ato de cidadania.
Desta forma é preciso que cada indivíduo vote consciente e realmente escolha um candidato disposto a cumprir com os seus deveres e responsabilidades no poder público. Pensando nisso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a campanha ‘Voto Consciente – Eleições 2012′, portanto este trabalho de informar os fiéis tem como objetivo auxiliar os católicos na hora do voto e na fiscalização do bem comum.
É importante que cada eleitor na hora de ir às urnas pense em cinco modos de dar um voto consciente e contribuir com a construção da cidadania: agir coletivamente, participar do processo eleitoral, conscientizar para o voto cidadão, participar dos conselhos e fiscalizar e agir localmente, pensando globalmente.
 Como saúde, educação, transporte, habitação e entre outros, mas para que isso realmente aconteça precisamos ir às urnas conscientes. Padre Wagner reforçou que “o poder político esta nas mãos do povo e não dos políticos”, por isso cada eleitor tem neste domingo a autoridade para exercer sua cidadania. “É na urna, na hora do nosso voto que direcionamos a vida política da nossa sociedade, por este motivo o voto consciente exige que nós não elejamos aqueles políticos que já tem a sua ficha suja”, disse o sacerdote. Logo, no domingo, faça a sua contribuição com as melhorias do seu município. Não apenas vote, mas fiscalize!

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Comunidade Crux Sacra realiza Luau na praia de Pitimbu


Nove horas da noite, do dia 29 de setembro. Caravanas de várias cidades começam a chegar à Igreja do Senhor do Bonfim, na praia de Pitimbu, Paraíba-PB. Sorrisos, abraços, encontros, reencontros, alegria e muita expectativa para o Luau Crux Sacra, um novo amanhecer que, em seu terceiro ano, reuniu cerca de 350 pessoas. 

A programação começou na própria Igreja, com um louvor ministrado pelo missionário da Crux Sacra, Jair Nascimento. Durante a ministração, Jair proclamou que “o que está em nós é bem maior do que o que está no mundo”. Proclamação confirmada e reiterada pelo seminarista da Crux Sacra, José de Assis, na condução do momento de adoração que aconteceu logo em seguida. José ainda profetizou: “o Senhor deseja mudar o curso da vida de todos vocês, que estão participando desse luau”. 

Assim, para se cumprir a promessa de Deus, o seminarista deu um breve testemunho de sua história de conversão e conduziu um forte momento de batismo no Espírito Santo, a fim de que o Senhor erguesse, naquela noite, uma nação santa; um povo adorador. 

Após a adoração, em marcha, os homens e mulheres do exército de Deus – conduzidos pelos missionários da Crux Sacra, Breno Brito e Miqueline Maria – caminharam por algumas ruas da cidade até o local do encontro, onde foram acolhidos, com muita alegria e animação, pelo ministério de louvor Crux Sacra. 


Já à beira mar, todos participaram de uma pregação ministrada pelo líder do ministério de louvor El Brit, Rogério Santos, da cidade de Itambé-PE, que falou sobre o tema “mergulhando em águas mais profundas”. Em seguida, o missionário da Crux Sacra, Valdir Pedro, deu o seu testemunho de conversão e falou um pouco de sua caminhada vocacional. 

Mas não parou por aí. Além de apresentações de teatro e dança realizadas por caravanas de algumas cidades, o grupo musical Mensageiros de Cristo (MCD) embalou a todos com um pagode santo. Pra terminar, os missionários da Crux Sacra, Rodrigo César e Josiane Alexandre, agitaram a galera com uma cristoteca.