sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Encerramento das semanas de oração do Terço da Misericórdia 

Na última sexta-feira, 21, aconteceu, na cidade de João Alfredo-PE, o encerramento das sete semanas de oração do Terço da Divina Misericórdia. Promovido pela Comunidade Crux Sacra, os encontros de oração foram realizados, durante sete sextas-feiras, na capela de Santo Antônio e abordaram os seguintes temas: “Glorifica a minha Misericórdia” (tema geral das sete semanas de oração), cura das enfermidades, desemprego, libertação dos vícios, quebra de maldição, cura dos traumas e restauração das famílias. 
Para a missionária consagrada da Crux Sacra, e coordenadora da missão de João Alfredo, Conceição, as semanas de oração foram uma chuva de graças não só na sua vida, mas na vida do povo: “Foi uma benção. Muitas pessoas testemunhando a força que tem encontrado em Deus a partir destes encontros de oração e do próprio Movimento da Divina Misericórdia, que é um consolo de Deus para a minha vida, partilha.
Tarde de formação com Irmã Inês na Comunidade Crux Sacra 

Na tarde desta terça-feira, 25, missionários do elo de vida da Crux Sacra (missão Carpina-PE) participaram de um momento de formação com a Irmã Inês – Religiosa da Instrução Cristã. O encontro aconteceu no Centro Pastoral da Diocese de Nazaré-PE, das 14:00h às 16:00h. 

Com trinta anos de vida religiosa, Irmã Inês iniciou falando um pouco de sua descoberta e caminhada vocacional, que começou em Maringá, no Paraná. Em seguida, abordando aspectos do livro “O espaço Interior”, de Anselm Grun, ela discorreu sobre a importância da vida de oração pessoal. 

Por fim, a irmã fez uma explanação histórica, estrutural e funcional da Lectio Divina, Leitura Orante da Palavra de Deus. Citando São Gregório Magno, ela declarou que “conhecer a Palavra de Deus é conhecer o coração de Deus”. 

Acerca da vida consagrada nas Novas Comunidades, Irmã Inês disse que acha muito lindo esse novo estilo de vida e acredita ser, verdadeiramente, obra de Deus: “É uma obra muito linda de Deus; é criatividade do Espírito Santo no nosso mundo pós-moderno e amor de Deus para com a humanidade”, declara. E continua: “Essa Comunidade (Crux Sacra) vai crescer e ser sal na terra e luz no mundo. Deus vai ser revelado as pessoas através de vocês”, profetiza.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CNBB reflete sobre respostas da Igreja aos dados mostrados no “mapa das religiões” do IBGE




Os bispos que compõem o Conselho Episcopal Pastoral, Consep, reunidos em Brasília, desde a manhã desta terça-feira, 25 de setembro, voltaram a discutir o quadro geral das religiões no Brasil apresentado pelos resultados do Censo feito pelo IBGE em 2010 e publicados em junho deste ano. Desta vez, a reflexão foi dirigida às iniciativas pastorais que devem ser tomadas ou reforçadas para responder ao fato de que caiu o número de brasileiros que se declaram membros da Igreja Católica.

Segundo o IBGE, “os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Dos que se declararam evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados”. A pesquisa revela também “que os católicos romanos e o grupo dos sem religião são os que apresentaram percentagens mais elevadas de pessoas do sexo masculino. Os espíritas apresentaram os mais elevados indicadores de educação e de rendimentos”.

Padre Thierry Linard de Guertechin, presidente do Instituto Brasileiro de desenvolvimento, IBRADES, organismo anexo da CNBB, resumiu a questão apresentada no chamado “mapa das religiões”. Ele lembra que não se deve se prender ao que se têm destacado muito às duas categorias de “católicos” e “evangélicos”. Há novas comunidades cristãs que cresceram. É preciso ainda considerar que cresceu também o número dos que se declaram sem religião. Padre Thierry ressaltou que o casamento tem sido um fator importante na análise da situação atual. Há um número considerável de casais com uniões consid eradas não regulares que estão fora das contas oficiais sobre os membros da Igreja. Lembrou também que há que se considerar a situação das comunidades que não têm assistência dos ministros ordenados. E não se pode esquecer que há declaração daqueles que não são praticantes.

Os bispos abriam uma conversa ampla. “É preciso considerar o resultados das pesquisas na elaboração dos planos de pastoral de nossas dioceses”, disse dom Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão de Educação e Cultura da CNBB. “É preciso pensar em estruturas mais simples para nossas comunidades”, continuou dom Mol e afirmou que estão fazendo em Belo Horizonte uma pesquisa, tecnicamente profissional, para se aprofundar o significado dos números. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família, falou que o percentual dos não praticantes dos brasileiros que se declaram católicos torna-se, facilmente, disponível para a oferta de outras Igrejas que têm, por exemplo, o trabalho de visitar as pessoas de casa em casa com a disposição de ler a Bíblia.

“Os números mostram que a nossa catequese não é ainda suficiente”, afirmou dom Jacinto Bergmann, bispo de Pelotas (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a animação bíblico-catequético. Ele considera que a formação de grupos bíblicos pode ser um sinal de esperança na evangelização. “É preciso levar a sério as pesquisas”, disse o cardeal dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia. Ele diz que desde que se começou a divulgar dados sobre o número dos católicos verifica-se quedas. Considera que é importante considerar o modo como se acolhe para os sacramentos e é preciso partir da fé do povo e não colocar em dúvida a fé que as pessoas manif estam ainda que não se tenha uma exposição teologicamente elaborada. O cardeal também mencionou a importância da participação dos leigos. Sobre esse tema, o prof. Geraldo Aguiar, assessor da Comissão Episcopal Pastoral, declarou: “Acreditem nos leigos e haverá um processo de transformação da nossa Igreja”.

Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e a Paz, destacou a importância da formação dos ministros ordenados considerando que a Eucaristia é a fonte e o horizonte da Igreja. Reforçou ainda a importância da participação dos leigos com a valorização dos leigos e a ênfase no “ir ao povo”.  Nesta linha, prof. Sergio Coutinho, da Comissão do Laicato, chamou atenção para a correlação dos resultados do Censo de IBGE com os dados da pesquisa do CERIS. Houve um crescimento no número das paróquias, aumento dos números dos párocos, ampliação do quadro dos diáconos. Insistiu na importância das comunidades eclesiais de base com uma séria “desideologização” dessas expressões legítimas da vida da Igreja.

“Nós corremos o risco de fazer boas análises sem que isso reflita na pastoral considerando também o aprofundamento da realidade local”, lembrou dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé. “Formar cristãos de verdade” é esse o grande objetivo da evangelização e isso, certamente, refletirá nos números. Dom Pedro Brito, arcebispo de Palmas (TO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os ministérios ordenados, considera importante a formação de missionários leigos nas comunidades. Dom Sergio Braschi, bispo de Ponta Grossa (PR), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária realçou a valorização dos diáconos.

Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação destacou a iniciativa da setorização das paróquias, comunidade de comunidades, porque considera que essa urgência “puxa” todas as outras apresentadas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande e presidente da Comissão Episcopal Pastoral reforçou a eficácia das iniciativas da setorização das paróquias e também lembrou que a peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora está dando um recado claro por parte dos jovens: “nós estamos aqui!”. No âmbito de todas essas considerações, segundo Padre Sidnei Marcos Dornelas, assessor da Missão Continental, há uma integração entre os apelos da Nova Evangelização, os apelos do CELAM e as Diretrizes Gerais da CNBB.

Fonte: CNBB

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Missa de compromissos dos missionários da Crux Sacra 

Diante do Altar do Senhor e da Santa Igreja Católica, missionários da Comunidade Crux Sacra, das várias cidades da Diocese de Nazaré-PE, assumiram e renovaram o seu compromisso com o Reino de Deus no carisma Crux Sacra: o de Anunciar o Amor libertador de Jesus Cristo crucificado

A Missa de Compromissos aconteceu, sexta-feira, 14 de setembro, na festividade da Exaltação da Santa Cruz, na Paróquia de Santo Antônio do Carpina-PE, e contou com a presença de todos os membros da Comunidade; além de familiares, amigos, representantes da Missão da Solidariedade, sócios, voluntários, apóstolos do Movimento da Misericórdia, pré-discípulos e perseverantes da Crux Sacra, bem como fiéis da comunidade local. 

A solene e festiva Celebração foi presidida pelo Bispo da Diocese de Nazaré, Dom Severino Batista, e concelebrada pelos padres Antônio Inácio (Vigário Geral da Diocese de Nazaré e mais novo diretor espiritual da Crux Sacra), Pe. Edjam Santos (Paróquia de Santo Antônio - Carpina/PE), Pe. Cleyton - SDB (Paróquia de São José - Carpina/PE), Pe. Antônio Júnior (Paróquia de Nossa Senhora da Conceição - João Alfredo/PE) e Pe. Alfonso Pontoglio.

Nas suas palavras, em virtude da solenidade da Exaltação da Santa Cruz, e também como resposta, direção e confirmação da parte de Deus para nós, Dom Severino reforçou a necessidade de se apaixonar e se configurar à pessoa de Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. “Nós devemos amar a cruz, o lenho da cruz. Todo cristão deveria andar com a cruz pendurada no peito. Porque todo cristão deve se configurar a pessoa de Cristo. Não podemos, no entanto, levar a cruz somente pendurada no peito, mas levá-la em nosso coração. Partir para a missão de apresentar ao mundo a pessoa de Jesus Cristo. E aqui entra a missão de vocês, jovens, que abraçaram esse nome Crux Sacra (Cruz Sagrada), através da inspiração Divina”, enfatizou. 

Discorrendo acerca das chamadas Novas Comunidades, O Bispo Diocesano afirmou que elas desafiam a vida consagrada dentro da Igreja. “Quem abraça as Comunidades de Vida são a juventude. Dentro dessa realidade de vida, nós temos as dimensões do celibato, do matrimônio e até aqueles que são despertados para a vocação sacerdotal. As Comunidades de Vida estão cheias de vocações. Assim, vocês, seja na comunidade de vida ou aliança, estão dentro de um mundo cheios de serpentes. E nele, como leigos (consagrados) que buscam viver a dimensão da castidade (um dever de todo cristão, na verdade), vocês tem a missão de testemunhar a pessoa de Jesus Cristo”, declarou. 

Além da renovação de compromissos do fundador, Leonaldo Cordeiro, das co-fundadoras, Maria Luiza e Josinete Alves, dos membros consagrados e discipulados da Comunidade; toda a família Crux Sacra acolheu aqueles que, pela primeira vez, fizeram os seus compromissos no discipulado 1, bem como prestigiou a consagração de Lidiane Maria (Carpina-PE), Breno Brito (Nazaré da Mata-PE), Adelmo Lucena (Condado-PE) e Ivaneide (Itambé-PE). Nesta mesma noite, todos os membros da Comunidade receberam o sinal (a cruz peitoral) da Comunidade. 

Segundo Leonado Cordeiro, o acontecimento é histórico por duas razões: em primeiro lugar, por ser a primeira vez que a celebração dos compromissos acontece no dia da Exaltação da Santa Cruz, com a presença de Dom Severino; e segundo, por receberem, também pela primeira vez, a cruz peitoral da Comunidade. 
Para o fundador da Crux Sacra, sua maior alegria é ver a grande fé de homens e mulheres que expressam publicamente o seu desejo de assumir um firme compromisso com o Reino de Deus por meio desse carisma. De uma coisa ele tem certeza: “Deus tem planos e promessas para realizar por meio dessa obra de evangelização”, afirma. 

Leonaldo finaliza suas palavras com um agradecimento e um pedido: “Agradeço a todos e peço que rezem por nós, para que possamos nos manter fiéis ao nosso chamado de doar a vida em prol de Cristo e dos irmãos”, conclui.

A arte de bem governar

 As eleições municipais são importantes para a vida do povo. Elas se realizam no próximo dia 07 de outubro, onde as pessoas moram, trabalham, estudam, sofrem, festejam. Todos se conhecem mais de perto a si mesmos, suas vidas e suas atuações. A eleição tornou-se o instrumento para a escolha de quem deve exercer o poder em nome do povo. Mas a eleição, em si, não é suficiente para caracterizar a democracia. Mais do que eleger pessoas é preciso eleger idéias e propostas viáveis. A ação política não se limita ao ato de votar; é importante acompanhar, e participar da vida política. È bom lembrar o conceito de política como "a arte de bem governar as cidades". Uma busca permanente de meios para a realização do Bem Comum. A sociedade civil se organiza e estabelece condições de convivência através da política. É sumamente importante encontrar o verdadeiro político, que busca o bem comum, não interesses pessoais. O eleitor deve procurar descobrir, em meio à avalanche de candidatos com as mirabolantes propostas, o político sincero que não se degrada com negociatas e promessas que mancham a democracia. A política é coisa séria. Muitas pessoas se deixam enganar por promessas eleitoreiras, pela propaganda e pela publicidade. O efeito de um voto irresponsável é o sofrimento do povo. Um voto dado com seriedade é felicidade para o município. O voto de cada eleitor vale um município melhor. As eleições determinam o futuro da sociedade. Por isso, precisa-se conhecer os propósitos dos candidatos e saber quais as atribuições de um prefeito e um vereador. Ao prefeito cabe governar a cidade, de forma conjunta com os vereadores, observando as questões políticas, executivas e administrativas. Ele administra, planeja e cumpre as leis. Sua atribuição consta da Lei Orgânica do Município. Cabe-lhe sancionar leis, governar e administrar o município, nomear e exonerar os secretários municipais, expedir decretos e portarias, dispor sobre a estrutura, propor a criação de cargos e funções, prestar contas à Câmara Municipal, Tribunal de contas do Estado e aos contribuintes, propor planejamento urbano, o plano diretor e tantas outras funções. É um líder da comunidade e não o dono do poder. Veja a dimensão do poder que o Evangelho aponta a partir do próprio Cristo, que garantiu: "Não vim para ser servido, mas para servir" (Mt 20,5). E vereador é velar pelo sossego e bem estar dos moradores do município. Seu principal papel é o de representar o povo na Câmara Municipal, participando e decidindo os destinos da cidade e do município; legislar, isto é, fazer as leis que interessam à comunidade e depois acompanhar a sua execução, o seu cumprimento; fiscalizar os atos do executivo; denunciar caso haja desmandos, corrupção, empreguismo, mau emprego do dinheiro público e lutar pela participação da comunidade na gestão pública. Portanto, os eleitores precisam estar atentos à competência e seriedade dos candidatos. Mais de 135 milhões de eleitores brasileiros elegerão prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.565 municípios. O voto livre de cada cidadão é sinal de maturidade e, ao mesmo tempo, de responsabilidade na escolha de prefeitos e vereadores. Votar corretamente dentro das normas da lei eleitoral é tão importante como rezar. A oração, sem o cumprimento dos deveres de cidadão, não agrada a Deus e perde o sentido. Precisa-se votar com consciência para que a política seja para todos a arte de bem governar as cidades e os municípios
 Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena é Bispo da Diocese de Guarabira - PB e Secretário da Conferência Nacional de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2).

domingo, 23 de setembro de 2012

Missionário da Crux Sacra preside sua primeira 
Celebração da Palavra

No dia 15 de setembro, sábado, o missionário da Crux Sacra, Júlio Miranda (que é ministro da Eucaristia e postulante a Diácono), presidiu a sua primeira Celebração da Palavra. Animada pelo ministério de louvor Crux Sacra, a celebração aconteceu na capela de Nossa Senhora da Soledade, em Goiana-PE, na terceira noite do tríduo realizado em honra à santa padroeira. 

Durante a sua pregação, Júlio falou sobre o Amor e a Misericórdia de Deus, e também sobre a certeza da vitória que devemos ter em Jesus Cristo, por causa de Sua vitória na cruz. 

No dia seguinte, 16, os missionários da Crux Sacra participaram de uma Celebração da Palavra, presidida pela Apóstola da Misericórdia e ministra da Eucaristia, Marília. A Celebração aconteceu, às 17h, na capela de Nossa Senhora da Conceição, em Carrapicho (um sítio da cidade de Goiana), e foi precedida pela oração terço da Divina Misericórdia. O Movimento da Misericórdia (da Comunidade Crux Sacra) já existe há um mês no lugar. 

No final da celebração, testemunhando os milagres da misericórdia de Deus em sua vida, a missionária da Crux Sacra, Kelly Cristina (esposa de Júlio), falou de sua vitória sobre o câncer, contra o qual lutou por 22 anos.

sábado, 22 de setembro de 2012

Tarde de espiritualidade para surdos 
na Comunidade Crux Sacra

A Comunidade Crux Sacra e a Pastoral dos Surdos realizaram, domingo, 16 de setembro, um momento de espiritualidade para deficientes auditivos. O encontro aconteceu na sede da Comunidade Crux Sacra, Missão Itambé-PE, das 14:00h às 17:30h, e reuniu surdos, amigos, familiares e membros da própria Comunidade. 

Inicialmente, a missionária da Crux Sacra, e também estudante de libras, Geane Maria, fez a partilha da Palavra de Deus (Mc 16, 15). Após esse momento, a coordenadora da Pastoral dos Surdos e professora de libras, Neide, falou um pouco sobre a missão e os trabalhos desenvolvidos por essa pastoral na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, em Itambé-PE. O encontro ainda contou com momentos de louvor, dinâmicas, encenação, além de uma apresentação feita pelos alunos do curso de libras da Comunidade Crux Sacra, que interpretaram a canção “Deus é Capaz”, de Walmir Alencar. 

Na tarde de espiritualidade, os surdos José Antônio, Emanuel e Beatriz, e também o ouvinte, Lucas, falaram da importância desse encontro tanto para a evangelização quanto para a inclusão social. Todos os momentos foram interpretados pela coordenadora da Pastoral dos Surdos e pelas missionárias da Crux Sacra, Fabiana Araújo e Aline Fernandes (instrutora do curso de Libras da Comunidade).

Comunidade Crux Sacra na Escola para 
formadores das Novas Comunidades

Seminarista José de Assis (Comunidade Crux Sacra),
Josinete Alves (co-fundadora da Crux Sacra),
Maria Luiza (co-fundadora da Crux Sacra), Alessandra
(fundadora da Remidos), Ronaldo (co-fundador da Remidos),
Jair Nascimento (formador geral da Crux Sacra) 
As co-fundadoras da Crux Sacra, Josinete Alves e Maria Luiza; o formador geral, Jair Nascimento, e o seminarista da Comunidade, José de Assis, participaram da Escola para Formadores das Novas Comunidades realizada pela Comunidade Remidos no Senhor, no período de 05 a 09 de setembro. O encontro aconteceu no Centro de Formação Redentorista Santo Afonso, em Campina Grande-PB, e versou sobre a temática: “Celibato, Matrimônio e discernimento de estado de vida”

Por meio de palestras, plenárias e discussões em grupo, a proposta foi realizar uma sólida abordagem do celibato e do matrimônio - fundamentada na Palavra de Deus e no Magistério da Igreja - com o fim de refletir, junto com os formadores, métodos que ajudem os consagrados a fazerem um melhor discernimento acerca dos seus estados de vida. Palestraram, no encontro, a celibatária consagrada da Comunidade Canção Nova, Vera Lúcia Reis, e o co-fundador e formador geral da Remidos, Ronaldo José de Sousa. 

Para o formador geral da Crux Sacra, Jair Nascimento, o encontro foi uma oportunidade de aprender mais sobre o assunto e obter muitos direcionamentos da parte de Deus. “Foi uma experiência muito boa e, apesar das muitas novidades, foi bom perceber que, mesmo sem tanto conhecimento, o Espírito Santo tem nos conduzido por caminhos certos”, comentou.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Não se pode instrumentalizar a religião para obter voto", diz presidente da CNBB a jornal de São Paulo



O cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB, concedeu entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", na sexta-feira, 14 de setembro, na qual afirmou que "A Igreja não pode ter pretensões de poder". O jornal considerou as palavras do cardeal no contexto das discussões sobre participação política de igrejas na campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo (SP).

Leia, na íntegra,  matéria assinada por Roldão Arruda, publicada neste sábado, 15 de setembro, no jornal "O estado de São Paulo":

As declarações do presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida ocorrem um dia após a divulgação de uma nota da Arquidiocese de São Paulo com ataques ao PRB, partido de Celso Russomanno, líder nas pesquisas.

O texto, redigido a pedido do arcebispo d. Odilo Scherer, acusa diretamente o presidente do partido e coordenador da campanha de Russomanno, Marcos Pereira, pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. Diz que ele, em artigo publicado em maio de 2011, fomentou a discórdia e fez críticas destemperadas aos católicos – texto publicado no blog de Pereira vinculava a Igreja Católica ao chamado "kit gay", material que se propunha a combater a homofobia. "Se já fomentam a discórdia, ataques e ofensas sem o poder, o que esperar se o conquistarem pelo voto?", disse a nota da Arquidiocese de São Paulo.

Apesar de ter sido publicado há um ano e meio, o artigo do presidente do PRB voltou a circular nas redes sociais depois que um usuário falso no Twitter passou a enviá-lo várias vezes ao dia a padres e ao perfil do próprio arcebispo. A página falsa foi criada no dia 10 e só publicou mensagens sobre o texto de Pereira.

Na sexta, ao comentar a mistura entre religião e política na campanha eleitoral de São Paulo, d. Raymundo foi enfático: "A posição da Igreja Católica, enquanto instituição, é de que não deve assumir nenhuma posição político-partidária. O papa Bento 16, numa de suas encíclicas, Deus É Amor, foi muito claro ao dizer que a Igreja não pode nem deve tomar nas suas mãos a batalha política. Isso é próprio dos políticos, dos leigos. A Igreja não pode ter pretensões de poder."

Indagado se tal posicionamento deveria valer para outras igrejas, respondeu: "Dentro da minha perspectiva, valeria. No mundo democrático, o papel que cabe ao Estado e aos leigos não é o mesmo da igreja, cuja função é de orientar o eleitor." Ainda segundo o líder da CNBB, "não cabe à igreja assumir papel de protagonista no campo político".

D. Raymundo contou que, assim como líderes evangélicos, também é procurado por políticos de diferentes partidos e que essas visitas são mais frequentes nos períodos de eleições para governador e presidente.

"Sempre o fazem de maneira discreta, sem fotógrafos, nem assessores de imprensa", disse. "Vêm para dialogar e mostrar seus projetos. Eu sempre digo que podem contar com o meu apoio em tudo aquilo que diz respeito ao bem da cidade e da população, independentemente de seu partido. Não podemos instrumentalizar a religião para angariar votos, evidentemente."

O presidente da CNBB não quis comentar diretamente a nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo, alegando que não havia tido acesso à sua íntegra.

Acompanhamento

D. Raymundo disse que a Igreja acompanha o processo eleitoral em todo o País, com orientações para o voto consciente e estímulos aos leigos que desejam participar como candidato. "A Igreja estimula, apoia, vê com bons olhos o leigo que se sente chamado para a política", afirmou. "Queremos que ele não tenha medo de assumir posições político-partidárias. Isso é fundamental, porque a sociedade justa vai ser resultado da ação de homens políticos, homens públicos. Eles é que devem trabalhar para uma sociedade mais solidária."

Fonte: CNBB

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Bispo esclarece diferença entre eutanásia e ortotanásia



CNBB

Arquivo
"Ortotanásia é interrupção de meios desproporcionais. Eutanásia é interrupção de meios proporcionais"
Desde o dia 31 de agosto, conforme a Resolução 1995, do Conselho Federal de Medicina (CFM), qualquer pessoa, desde que maior de idade e plenamente consciente, pode definir junto ao seu médico quais os limites terapêuticos para a fase terminal.

Mas o bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), Dom Antônio Augusto Dias Duarte, alerta para que, sob o nome de ortotanásia, não se aplique eutanásia pela falta de distinção entre tratamentos com meios terapêuticos proporcionais e tratamentos com meios terapêuticos desproporcionais.


“Tem que distinguir muito bem quais são os meios terapêuticos proporcionais e os meios terapêuticos desproporcionais.(...) Essa Diretiva Antecipada de Vontade ou Testamento Vital, conforme o CFM, não me parece que seja um avanço na relação médico-paciente, não me parece que seja um progresso, porque esse procedimento pode não estar diretamente relacionado à ortotanásia. Pode estar diretamente ligado à eutanásia. Porque a ortotanásia é a pessoa manifestar o seu desejo de não ter meios desproporcionais, do ponto de vista tecnológico, medicamentoso ou econômico, diante de uma morte iminente, na evolução de uma doença que sabe que não vai mais conseguir deter, porque essa patologia leva à morte. Agora, qualquer coisa que você faça sobre aquela pessoa que vai antecipar a morte, isso é, propriamente dito, eutanásia, embora alguns queiram manipular a opinião pública dizendo que isso é ortotanásia. Não é. Ortotanásia é interrupção de meios desproporcionais.
Eutanásia é interrupção de meios proporcionais.

O Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, explicita que é vedado ao médico abreviar a vida, ainda que a pedido do paciente ou de seu representante legal (eutanásia). Mas, atento ao compromisso humanitário e ético, prevê que nos casos de doença incurável, de situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico pode oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis e apropriados (ortotanásia).

O bispo adverte que entender o que são meios proporcionais e desproporcionais ajuda a não confundir ortotanásia com eutanásia, já que, com a Diretiva Antecipada de Vontade, o paciente poderá definir, com a ajuda de seu médico, os procedimentos considerados pertinentes e aqueles aos quais não quer ser submetido em caso de terminalidade da vida, por doença crônico-degenerativa. Será possível, por exemplo, expressar se não quer procedimentos de ventilação mecânica (uso de respirador artificial), tratamento medicamentoso ou cirúrgico doloroso ou extenuante ou mesmo a reanimação, na ocorrência de parada cardiorrespiratória.

“Por exemplo, se eu sou uma pessoa que não tem os meios econômicos necessários e há em outros países uma medicina mais avançada, um remédio mais caro, eu não tenho obrigação moral de procurar esses meios, que a mim são desproporcionais porque a minha condição econômica não me permite. (...)

O segundo exemplo é um caso em que, já com a evolução da doença, com um juízo bem fundamentado por parte dos médicos de que realmente aquele tratamento não está sendo suficiente para deter a evolução da enfermidade ou para curá-la, de forma que a morte é, então, iminente, eu não tenho a obrigação de usar meios desproporcionais para poder manter uma esperança que não existe de que aquela doença será curada. Sendo assim, eu tenho a liberdade de dizer: ‘não, esses meios desproporcionais eu não quero’ e, ao tomar essa decisão, eu não estou sendo a favor da eutanásia e nem estou deixando de cuidar da saúde. Porque eu já sei que, com esses tratamentos desproporcionais, não vai haver uma melhora de qualidade, não vai ter uma cura da doença. Simplesmente vai ter um prolongamento do tempo, com resultados nulos. Então, eu posso suspender esse possível tratamento desproporcional, não aceitá-lo. Essa minha decisão chama-se ortotanásia.

Como pode ser feita a Diretiva Antecipada de Vontade?

Pela Resolução 1.995/2012 do Conselho Federal de Medicina (CFM), o registro da Diretiva Antecipada de Vontade pode ser feito pelo médico na ficha médica ou no prontuário do paciente, desde que expressamente autorizado por ele. Para tal, não são exigidas testemunhas ou assinaturas, pois o médico – pela sua profissão – possui fé pública e seus atos têm efeito legal e jurídico. No texto, o objetivo deverá ser mencionado pelo médico de forma minuciosa, esclarecendo que o paciente está lúcido, plenamente consciente de seus atos e compreende a decisão tomada. Também deverá constar o limite da ação terapêutica estabelecido pelo paciente.

Neste registro, se considerar necessário, o paciente poderá nomear um representante legal para garantir o cumprimento de seu desejo. Caso o paciente manifeste interesse, poderá registrar sua Diretiva Antecipada de Vontade também em cartório. Contudo, este documento não será exigido pelo médico de sua confiança para cumprir sua vontade. O registro no prontuário será suficiente. Independentemente da forma – se em cartório ou no prontuário - essa vontade não poderá ser contestada por familiares. O único que pode alterá-la é o próprio paciente.

A Diretiva Antecipada de Vontade é facultativa e pode ser feita em qualquer momento da vida, mesmo por quem goza de perfeita saúde, e pode ser modificada ou revogada a qualquer momento.


Dever vs Direito

Para Dom Antônio, é necessário também ter atenção para que não se confunda o que é dever de cada um e nem se transforme o que hoje é um direito num direito arbitrário, no futuro.

“É um dever do médico proporcionar a saúde ao seu paciente e, quando não consegue obter a total saúde para ele, deve, pelo menos, aliviar o seu sofrimento. Assim como a própria pessoa tem o dever de cuidar da sua saúde e os seus familiares também têm o dever de fazer com que essa pessoa seja tratada. É só quando está comprovado cientificamente que não existe nenhum tratamento que vai impedir a evolução da doença, que está caminhando para a morte iminente, é que se pode abrir mão do tratamento terapêutico, porque, neste caso, é desproporcional. Agora, conceder às pessoas, com essa resolução, o direito absoluto sobre a vida humana, é um direito que pode transformar-se depois num direito arbitrário, porque você começa com um paciente e depois o árbitro dessa vida pode ser o médico ou seus familiares. (...) Então, esse Testamento Vital, nome utilizado nos EUA e nos países da Europa e que aqui tem o nome de Diretiva Antecipada de Vontade, é querer registrar um desejo expresso pelo paciente em um documento, que vai permitir que a equipe que o atenda tenha um suporte legal, que dizem ético, mas não existe suporte ético para cumprir o que prescreve o paciente”, disse.

De acordo com o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, não existe suporte ético para cumprir o que prescreve o paciente porque esta orientação aos médicos dá à pessoa o direito absoluto sobre a sua vida no momento em que está fragilizada pelo sofrimento:

“A pessoa, mesmo que esteja com uma doença terminal com morte iminente, não pode dizer: ‘me mate agora, porque eu vou morrer semana que vem’. (...) Os estudos da psicologia médica demonstram que num paciente com uma doença grave, mesmo que não exista a morte iminente, o sofrimento é de tal ordem que a pessoa em sua reação pede: ‘eu quero morrer’, e isso é normal no desenvolvimento de doenças mais graves. Mas esse pedido de querer morrer é, justamente dentro de uma psicologia bem estudada pelos especialistas nessa matéria, o desejo de ser cuidada, de ter alguém que ajude a suportar e a aliviar aquele sofrimento. E isso é o papel da Medicina, que a ética prescreve, que é ter as medidas dos cuidados paliativos, proporcionando uma equipe médica multidisciplinar, para ajudar realmente a pessoa a morrer com dignidade. E não morrer por omissão dos meios proporcionais de cuidar da pessoa até o momento final.


Fiscalização

Dom Antônio, assim como o fez o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, chama a atenção para que a fiscalização à aplicação da resolução seja feita pelo Conselho Federal de Medicina para garantir os recursos básicos para os pacientes em casos terminais.

“Se o paciente quer morrer com dignidade e deseja que seja em casa, e não numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no meio de aparelhos que estão apenas prolongando o sofrimento, então os médicos têm o dever de manter os cuidados paliativos, no sentido de diminuir a dor, manter os cuidados higiênicos, os cuidados básicos alimentares, a hidratação que a pessoa precise receber... Esses cuidados paliativos são o outro lado da moeda dessa decisão de interromper o tratamento desproporcional”, orientou.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

PERIGOSA REVISÃO NO PRÓPRIO CONCEITO DE CRIME


Análise do Anteprojeto do Código Penal Brasileiro

Por Paulo Vasconcelos Jacobina*
BRASILIA, terça-feira, 11 de setembro de 2012 (ZENIT.org) - O debate sobre o projeto de código penal que está tramitando no Senado Federal a toque de caixa tem tecnicalidades que não estão sendo discutidas com o povo brasileiro, porque são tão obscuras que passam despercebidas, mesmo a pessoas com grande formação jurídica. Um destes problemas é a possível reabertura de todos os processos penais já julgados no país, mesmo de forma definitiva, em razão de uma possível aprovação do projeto ora em discussão. O custo desta consequência será imenso, e este aspecto sequer está sendo colocado para aqueles que pagarão a conta, ou seja, os cidadãos brasileiros.
Peço a todos a paciência de me acompanhar em mais um debate difícil e um tanto árido, mas necessário para que se possa compreender a verdadeira dimensão do que está agora em jogo. Há um princípio de direito, bem conhecido de todos, de que as leis não podem retroagir, quer dizer, as leis normalmente não se aplicam ao passado, a fatos pretéritos. Especialmente àqueles que se caracterizam como atos jurídicos perfeitos, direitos adquiridos ou como a chamada “coisa julgada” (os fatos que já foram objeto de processos já julgados por sentença definitiva e irrecorrível). O passado repousa em segurança, num regime democrático. Este princípio é considerado como direito fundamental da pessoa humana, e está previsto na alínea XXXVI do artigo 5º da nossa Constituição Federal.
A exceção para esta regra encontra-se no mesmo artigo 5º da Constituição Federal, na sua alínea XL. Ali, a Constituição expressamente diz que “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. E é racional que seja assim: uma lei nova, que seja mais favorável ao réu, deve retroagir, quer dizer, deve aplicar-se mesmo aos processos já definitivamente julgados. Não há sentido em fazer o réu cumprir pena por um fato que a nossa sociedade já não considera como criminoso.
O atual código penal prevê esta possibilidade no artigo 2º, que diz assim: “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”. Este mesmo texto está no art. 2º do projeto de código penal em tramitação no Senado Federal. Esta revisão, ressalte-se, só é possível quando houver, pelo menos em tese, a possibilidade de melhorar a situação do réu, reduzindo ou extinguindo suas penas. Não há revisão criminal para agravar penas. Quer dizer, se a lei nova torna a pena mais rígida, aplica-se somente aos fatos supervenientes.
Recentemente tivemos uma experiência deste tipo no Brasil. O nosso código penal previa como crime contra o casamento, no seu artigo 240, o “adultério”. Este artigo, no entanto, foi revogado em 2005, pela lei n.º 11.106/2005. Ora, se houvesse, naquele momento, alguém condenado definitivamente pelo crime de adultério, em nosso país, poderia então pedir a revisão criminal do seu processo, para que fosse aplicada a ele a nova lei, mais benéfica, que não mais considerava crime este fato. Ele teria, então, seu processo reaberto, mesmo que já não coubesse recurso, e seria inocentado. É o que os juristas costumam chamar de revisão por “abolitio criminis”.
Na maioria dos casos, porém, a revisão pode ser requerida quando há simplesmente dúvida sobre a aplicabilidade da nova lei nos crimes anteriores. Isto ocorreu quando o art. 95, d, da lei n. 8.212/91 que previa um crime de sonegação de contribuição previdenciária, foi revogado pela lei n.º 9.983/2000, que transferiu este crime para o art. 168B do código penal e reduziu a pena máxima de seis para cinco anos. Com isto, todos os réus que foram condenados por este crime puderam propor uma revisão criminal para questionar a própria situação; na maioria dos casos, as penas nem se alteraram. Mas houve uma grande quantidade de processos penais reabertos, apenas sob o fundamento de que havia dúvida sobre a possibilidade de que a nova lei fosse mais benéfica. Nossos tribunais, já atolados de processos, receberam mais esta carga de causas de revisão, algumas das quais estão tramitando até hoje.
Eis o ponto: estas leis que eu citei apenas revisaram tipos penais, situações pontuais no nosso direito. O projeto de lei do senado, PLS 236/2012, promoverá uma revisão brutal nos próprios conceitos de crime, culpa, dolo, responsabilidade, participação, aplicabilidade concreta das leis, técnicas de cálculo de penas, extinção de punibilidade, dentre outros aspectos gerais do nosso direito penal.
Estes aspectos aplicam-se a todo e qualquer crime, a todo e qualquer réu, a todo e qualquer processo penal. Não há processo penal em que não haja discussão sobre um destes aspectos gerais.
Com isto, todo e qualquer réu, no Brasil, terá o direito de pedir a revisão criminal de seu próprio processo, mesmo que já não caiba nenhum recurso (ou seja, que tenha transitado em julgado), sob o fundamento de que, com a mudança de todo a regulamentação geral da responsabilidade penal no Brasil, existe a possibilidade de que a nova lei lhe seja benéfica sob algum aspecto.
Isto significa que, como há um fundamento razoável para o seu pedido, os tribunais brasileiros deverão necessariamente avaliar, caso a caso, em todos os processos em andamento, ou mesmo findos, se a nova lei é ou não concretamente mais favorável ao réu. As consequências disto são aquelas que o próprio leitor pode deduzir: dentre outras coisas, por exemplo, o próprio julgamento do chamado “esquema do Mensalão”, ação penal 470/STF, poderá ser integralmente reaberto por revisão criminal se o projeto de código penal for aprovado. Isto para não falar dos líderes de crime organizado, dos assassinos em série e das grandes quadrilhas de assaltantes armados.
Isto poderia de fato acontecer, e a sociedade poderia tolerar este custo, se houvesse uma legislação penal muito ruim, e o povo decidisse calmamente que precisa de uma legislação melhor (mesmo sob o preço de fazer reabrir virtualmente todos os processos já julgados) para que o próprio sistema penal se perfeiçoasse. Mas esta discussão deveria dar-se com muita calma, e esclarecendo-se ao povo que ele arcará com este custo adicional enorme.
Este custo pode ser aceitável quando a legislação em vigor é obscura e insegura, e a nova legislação resulta mais clara, coerente e mais de acordo com a reta razão e a vontade popular. Mas não é o que está acontecendo agora. Para dar apenas dois exemplos: qualquer um que examine o art. 128 do projeto notará a inconsistência da regulamentação do aborto, que submete a eliminação da vida do nascituro, que o próprio texto reconhece como uma “vida de pessoa humana” (título I, capítulo I, da Parte Especial do projeto, protegida pelos art. 1º III, e art. 5º da Constituição) a uma mera declaração de vontade da mãe.
Qualquer um que examine o art. 186 do projeto notará a regressão na proteção à criança, ao se descriminalizar as relações sexuais de adultos com pessoinhas a partir dos doze anos de idade.
A pressa na discussão do novo código esconde da população o custo colateral de sua aprovação, consistente na insegurança jurídica que causará aos processos penais já julgados. Escamoteia, também, o violento regresso na proteção à vida, à saúde e à integridade dos mais frágeis contra os mais fortes. Não se aumenta a segurança das ovelhas contemporizando com os lobos.
* Paulo Vasconcelos Jacobina é Procurador Regional da República e Mestre em Direito Econômico

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Paróquia de Santo Antônio do Carpina tem 
programação especial para o mês da Bíblia

Fiéis participaram, nesta segunda-feira, 03 de setembro, do primeiro dia de estudos sobre a Sagrada Escritura, que serão realizados, de segunda a sexta-feira, durante todo esse mês, na Paróquia de Santo Antônio do Carpina-PE. A programação deve-se às comemorações, em todo o território nacional, pelo mês da Bíblia que, neste ano, tem como tema: “Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos”, e como lema: “Coragem, Levanta-te! Ele te chama!”

O primeiro encontro aconteceu no Grupo de Oração Corações Ardentes (da Comunidade Crux Sacra) e abordou o tema: Maria – serva, Mãe, Virgem e Intercessora. A pregação foi feita pelo missionário da Crux Sacra, Josinaldo Tavares, que – embasado na Sagrada Escritura – discorreu sobre alguns aspectos da pessoa de Nossa Senhora, como sua importante cooperação para a concretização do projeto salvífico de Deus, sua Imaculada Conceição, sua virgindade (como sinal de sua pureza), bem como seu papel como intercessora e Mãe de toda a humanidade. 

Com o tema “Católicos, pela Fé e pela Palavra”, a proposta é promover, junto à comunidade local, momentos de partilha, estudos e aprofundamento na Palavra de Deus, bem como na própria Doutrina Católica, a fim de formar e conscientizar o povo cristão, levando-os a uma experiência como o próprio Jesus, a partir da Palavra, e a um fortalecimento de sua Fé.

Acompanhe a programação:
  • Segundas-feiras (Formação sobre a Doutrina Católica)
  • Terças0feiras (A Bíblia e sua origem)
  • Quartas-feiras (Estudo Bíblico: Pentateuco, Livros Proféticos, Evangelhos e Cartas Apostólicas)
  • Quintas-feiras (Aprofundamento sobre Eucaristia: o Corpo e o Sangue de Cristo)
  • Sextas-feiras (Formação sobre a Doutrina Católica)
Local: Paróquia de Santo Antônio do Carpina-PE
Hora: A partir das 19h

Encontro Renascer reúne Jovens de várias 
cidades da Diocese de Nazaré

Cerca de 25 Jovens, de várias cidades, participaram do encontro Renascer – primeira etapa do caminho de discernimento vocacional da Comunidade Crux Sacra. O retiro aconteceu nos dias 01 e 02 de setembro, no Centro Pastoral da Diocese de Nazaré-PE. Esse já é o segundo encontro que a Comunidade realiza este ano. 

O Renascer é um encontro de aprofundamento espiritual cujo objetivo é levar as pessoas a vivenciarem uma experiência com o Amor de Deus. Segundo uma das coordenadoras do Departamento Vocacional da Crux Sacra, Lidiane Maria, o Renascer é uma oportunidade para que as pessoas possam conhecer, se encontrar e, assim, optar pela Vontade de Deus em suas pessoas, que é a busca da santidade. 

Palestras, testemunhos, momentos de louvor e oração, adoração ao Santíssimo Sacramento, apresentação teatral, grupos de partilha e muito mais. Tudo isso integrou a programação do retiro, que contou com a participação do fundador da Crux Sacra, Leonaldo Cordeiro, da co-fundadora, Josinete Alves, além de missionários da Comunidade e perseverantes do primeiro Renascer que aconteceu em junho deste ano, na cidade de Nazaré da Mata-PE.



CONVITE


A Comunidade Católica Missionária Crux Sacra tem a honra de convidar você e sua família para a Misa de Compromisso dos missionários da Comunidade. A celebração será presidida pelo Bispo da Diocese de Nazaré, Dom Severino, na festa da Exaltação da Santa Cruz.

14 de setembro
Igreja de Santo Antônio
Av. Francisco Viana - 1080
Carpina-PE

Contamos com a sua presença e participação

"E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim" (Jo 12, 32)

terça-feira, 4 de setembro de 2012


SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA


“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!” (Salmo 119,105) Setembro é o mês da Bíblia. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja.

A Bíblia é hoje o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e que está em quase todas as casas. Serve de “alimento espiritual” para a Igreja e para as pessoas e ajuda o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor. 

“Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça ” (2Tm 3,16). A Bíblia foi escrita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas através do Espírito Santo. Ela revela o projeto de Deus para o mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade. 

A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. A Bíblia tem uma longa história, desde nossos pais e mães da fé (Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó Lia e Raquel) passando por Moisés, pelos Profetas, até a vinda do Messias, e por fim a morte do último dos Doze Apóstolos quando foi escrito o último livro da Bíblia (o Apocalipse, escrito no final do I século). A Palavra de Deus demorou em torno de dois mil anos para ser escrita. Muitas pessoas fizeram parte desta história: homens, mulheres, crianças, jovens, anciãos… Por isso, podemos dizer que a Bíblia é um livro feito em mutirão. 

Passaram-se os tempos, os anos, mudaram muitas coisas, impérios cresceram e caíram, tantas idéias foram superadas, mas a Palavra de Deus continua “viva e eficaz” (Hb 4,12), pois “ela permanece para sempre” (1Pd 1,25). Embora o mundo busca outros caminhos, sempre existiram pessoas e comunidades que foram fiéis, que buscaram nas Palavras Sagradas a fonte para sua inspiração, para continuar vivendo e realizando o projeto de Deus. 

Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem. Ela é capaz de denunciar e anunciar. Ela denuncia as injustiças, os pecados, as situações desumanas, de pobreza, exploração e exclusão em que vivem tantos irmãos nossos. Foi isso que fizeram os Profetas e também Jesus Cristo em algumas ocasiões, pois toda situação de injustiça e pecado é contrária ao projeto de Deus. Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anúncio. Ela proclama a boa notícia vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que caminha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu Filho Jesus Cristo. Ele veio nos trazer a Boa Notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através da fé em Jesus Cristo que nos tornamos filhos de Deus. 

Na Bíblia encontramos textos para as diversas situações da vida. Ela ajuda a fortalecer a nossa fé; é útil na nossa formação, nos momentos de crises e dificuldades, na dor, na doença ou na alegria… Para todas as realidades encontramos textos apropriados. 

Todos podemos e devemos ler, estudar e conhecer a Palavra de Deus. É certo que na Bíblia encontramos alguns textos difíceis. A Bíblia mesmo diz isso (veja 2Pd 3,16¸ At 8,30-31; Dn 9,2; etc). Certas passagens foram escritas dentro de uma realidade diferente da nossa. Precisam ser interpretadas e atualizadas. Por isso, quando não entendemos um texto, é melhor passar adiante, buscar outra passagem. O Pe. Zezinho nos ensina cantando: “Dai-me a palavra certa, na hora certa, do jeito certo e pra pessoa certa”. É recomendável fazer um curso, uma Escola Bíblica ou estudar em grupos. Tudo isso ajuda a entender melhor a Bíblia. 

Na verdade, todo mês devia ser Mês da Bíblia; todo dia devia ser Dia da Bíblia. Por isso, a Bíblia não pode ser apenas um ornamento em nossa casa. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento de cada dia e buscar nela o sustento para a nossa vida. 

Termino lembrando um texto bonito de São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, afim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4). Que neste mês da Bíblia, a Palavra que vem da boca de Deus nos anime, dê força e coragem e com isso sejamos cristãos da Esperança! 

Alguns conselhos práticos para quem quer ler, conhecer e viver segundo a Bíblia: 

1) Pedir sempre ajuda ao Espírito Santo, isto é, iniciar sempre com uma oração; 
2) Começar pelos livros e textos mais fáceis, ou seja, os Evangelhos, Atos dos Apóstolos…; 
3) Ler e meditar um texto por dia (não é a quantidade que importa, mas a qualidade); 
4) Procurar descobrir o contexto em que o texto foi escrito, ou seja: por que e para quem o texto foi escrito; 5) Anotar na sua Bíblia os textos que mais chamam a atenção; 
6) Quando encontrar textos difíceis, passar adiante, deixar estes textos para quando participar de um curso ou quando encontrar pessoas que podem ajudar a explicar; 
7) Atualizar o texto para hoje: colocá-lo em prática na vida. Celebrar e rezar a Bíblia e a vida. Viver a Palavra! 

Fonte: Portal COT

HINO OFICIAL DA JMJ RIO2013 SERÁ APRESENTADO NA FESTA DA AVENTURA DA CRUZ



Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni d'Aniello, presidirá a missa

ROMA, segunda -feira, 03 de setembro de 2012(ZENIT.org) - A "Festa da Aventura da Cruz" será o  momento de apresentação do Hino oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio2013.
Padre José Cândido, da paróquia de São Sebastião em Belo Horizonte é o autor do Hino oficial da JMJ Rio2013 intitulado Cruz da Esperança e definido por ele como "letra e melodia simples". A mensagem principal, diz ele, é convocar os jovens a serem amigos de Deus e, por meio desta amizade, anunciar Jesus como discípulos.
O autor conta, em notícia divulgada pelo site rio2013.com, que escreveu a letra e a música para o hino por incentivo de amigos. "Eu me inspirei na exuberante natureza do Rio de Janeiro, no Cristo Redentor de braços abertos, no tema da JMJ - "Ide e fazei discípulos entre todas as nações"-, na Conferência de Aparecida que convocou todos os membros da Igreja a serem discípulos e missionários de Jesus", afirmou.
Padre José Cândido é também compositor de outros 200 títulos de canções litúrgicas. Os mais conhecidos são "Toda bíblia é comunicação" e "Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo".
A "Festa da Aventura da Cruz" vai contar com as apresentações de Adriana, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar, Rosa de Saron, Olivia Ferreira e Frutos de Medjugorje. A missa será  presidida pelo Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni d'Aniello,  na paróquia Nossa Senhora da Conceição, dia 14 de setembro, às 20 horas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Veja o que a Igreja prepara para o Mês da Bíblia em 2012



A Igreja no Brasil celebra em setembro o Mês da Bíblia, uma tradição que começou na diocese de Belo Horizonte (MG) há 41 anos. Na época, a diocese celebrava seu jubileu de ouro e o bispo pediu que fossem incentivadas ações para que os fiéis conhecessem mais a Palavra de Deus. A iniciativa logo se espalhou pelo regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e depois por todo o país.

A celebração desse mês, que é um convite para cada católico conhecer mais a Palavra de Deus, é orientada pelos Bispos do Brasil. A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, responsável pela temática do Mês da Bíblia, elabora textos-base para direcionar os fiéis, mas também muitas dioceses e paróquias desenvolvem atividades específicas, sempre em sintonia com o tema proposto pela Comissão.

O mês da Bíblia 2012 tem como tema "Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos", e como lema "Coragem, Levanta-te! Ele te chama!". Nos próximos anos, será feito um estudo dos evangelhos na sequência dos anos litúrgicos: Lucas (2013), Mateus (2014) e João (2015). 

Essa sequência, como explica a assessora da Comissão, Maria Cecília Rover, já foi feita na época do Jubileu do ano 2000, porém agora, será abordado um enfoque diferente. "O objetivo é reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos fiéis através do seguimento de Jesus propostos pelos evangelhos". A cada ano será destacado o que é específico de cada evangelho.

Na apresentação do subsídio, preparado pela CNBB para a ocasião, o presidente da Comissão, Dom Jacinto Bergmann, deixa claro o que o evangelista Marcos quer destacar. "No Mês da Bíblia deste ano de 2012, iniciamos com o Evangelho de Marcos (também porque é o Evangelho do Ano Litúrgico). Isso justifica o seu tema: 'Discípulos missionários a partir do Evangelho de Marcos'. Como lema ficou o versículo 49 do capítulo 10: 'Coragem, Levanta-te! Ele te chama!'. Ele mostra o que o próprio evangelista Marcos quer acentuar no nosso discipulado missionário de Cristo: é preciso a atitude da coragem para acolher Jesus Cristo, o “Messias e Filho de Deus”; é preciso a atitude da prontidão sem reservas para seguir o "Mestre"; é preciso a atitude de deixar-se cativar pelo “Cristo e o Reino de Deus irrompido Nele”. 

Maria Cecília diz que o Evangelho de Marcos deve ser lido na perspectiva da formação e do seguimento, e deixa um apelo no início deste mês da Bíblia. "Que o católico se sinta assim, convocado para estar com Ele [Jesus], para ser então enviado e fazer o que Ele fez". 

Fonte: Canção Nova