quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Bento XVI faz sua última catequese


Jéssica Marçal
Da Redação, com Boletim da Santa Sé

O Papa Bento XVI realizou, na manhã desta quarta-feira, 27, a última Catequese de seu Pontificado. Uma multidão de fiéis compareceu à Praça São Pedro, no Vaticano, para acompanhar de perto a última atividade pública do Santo Padre.

Bento XVI enfatizou que amar a Igreja é também ter a coragem de fazer opções difíceis, visando sempre ao bem da Igreja, e não de si mesmo. Ele agradeceu aos fiéis pelo afeto de todos e, sobretudo, a Deus, que guia e faz crescer a Igreja.
 “Obrigado de coração! Estou realmente tocado e vejo a Igreja viva. Penso que devemos agradecer também ao Criador, pelo clima belo que nos dá ainda no inverno. Como o apóstolo Paulo, no texto bíblico escutado, também eu sinto, no meu coração, o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a Sua Palavra e assim alimenta a fé no Seu povo. Neste momento, a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja no mundo”.
Bento XVI também destacou que leva consigo todos em oração, um presente de Deus, confiando tudo e todos ao Senhor. Em especial, neste momento, ele disse que há em si uma grande confiança, porque ele sabe, e todos sabem, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida.
“O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escute, e acolha a graça de Deus na verdade e viva na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria”.
O Santo Padre recordou ainda o dia em que assumiu o pontificado, em 19 de abril de 2005. Ele disse que, nesses oito anos de pontificado, sempre sentiu que, na barca, está o Senhor. “Sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor”.
Ele reconheceu que um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade. “O Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a Sua luz para tomar a decisão mais justa; não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito”.
O Papa lembrou ainda o Ano da Fé, uma iniciativa que ele instituiu com o objetivo de reforçar a fé em Deus, tendo em vista um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano.”Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que estes braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar cada dia, mesmo no cansaço”.
Bento XVI deixa o Ministério Petrino, nesta quinta-feira, 28, às 20h (horário de Roma, 16h em Brasília), e passará um período em Castel Gandolfo até a eleição do novo Pontífice. 
Fonte: Canção Nova

Catequese de Bento XVI 


Cerca de 150 mil fiéis se reuniram na Praça São Pedro para ouvirem última Catequese de Bento XVI
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço-vos por terem vindo em tão grande número para esta minha última Audiência geral.
Obrigado de coração! Estou realmente tocado! E vejo a Igreja viva! E penso que devemos também dizer um obrigado ao Criador pelo tempo belo que nos doa agora ainda no inverno.
Como o apóstolo Paulo no texto bíblico que ouvimos, também eu sinto no meu coração o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua Palavra e assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja espalhada no mundo; e dou graças a Deus pelas “notícias” que nestes anos do ministério petrino pude receber sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, e da caridade que circula realmente no Corpo da Igreja e o faz viver no amor, e da esperança que nos abre e nos orienta para a vida em plenitude, rumo à pátria do Céu.
Sinto levar todos na oração, um presente que é aquele de Deus, onde acolho em cada encontro, cada viagem, cada visita pastoral. Tudo e todos acolho na oração para confiá-los ao Senhor: para que tenhamos plena consciência da sua vontade, com toda sabedoria e inteligência espiritual, e para que possamos agir de maneira digna a Ele, ao seu amor, levando frutos em cada boa obra (cfr Col 1,9-10).
Neste momento, há em mim uma grande confiança, porque sei, todos nós sabemos, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escuta e acolhe a graça de Deus na verdade e vive na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria.
Quando, em 19 de abril há quase oito anos, aceitei assumir o ministério petrino, tive a firme certeza que sempre me acompanhou: esta certeza da vida da Igreja, da Palavra de Deus. Naquele momento, como já expressei muitas vezes, as palavras que ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedes isto e o que me pede? É um peso grande este que me coloca sobre as costas, mas se Tu lo me pedes, sobre tua palavra lançarei as redes, seguro de que Tu me guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas. E oito anos depois posso dizer que o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galileia: o Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também através dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma certeza, que nada pode ofuscá-la.  E é por isto que hoje o meu coração está cheio de agradecimento a Deus porque não fez nunca faltar a toda a Igreja e também a mim o seu consolo, a sua luz, o seu amor.
Estamos no Ano da Fé, que desejei para reforçar propriamente a nossa fé em Deus em um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano. Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que aqueles braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar a cada dia, mesmo no cansaço. Gostaria que cada um se sentisse amado por aquele Deus que doou o seu Filho por nós e que nos mostrou o seu amor sem limites. Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão. Em uma bela oração para recitar-se cotidianamente de manhã se diz: “Adoro-te, meu Deus, e te amo com todo o coração. Agradeço-te por ter me criado, feito cristão…”. Sim, somos contentes pelo dom da fé; é o bem mais precioso, que ninguém pode nos tirar! Agradeçamos ao Senhor por isto todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos ama, mas espera que nós também o amemos!
Mas não é somente a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na guia da barca de Pedro, mesmo que seja a sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho no levar a alegria e o peso do ministério petrino; o Senhor colocou tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à Igreja, ajudaram-me e foram próximas a mim. Antes de tudo vós, queridos Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário de Estado que me acompanhou com fidelidade nestes anos; a Secretaria de Estado e toda a Cúria Romana, como também todos aqueles que, nos vários setores, prestaram o seu serviço à Santa Sé: são muitas faces que não aparecem, permanecem na sombra, mas propriamente no silêncio, na dedicação cotidiana, com espírito de fé e humildade foram para mim um apoio seguro e confiável. Um pensamento especial à Igreja de Roma, a minha Diocese! Não posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, as pessoas consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre percebi grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro. Em cada dia levei cada um de vós na oração, com o coração de pai.
Gostaria que a minha saudação e o meu agradecimento alcançasse todos: o coração de um Papa se expande ao mundo inteiro. E gostaria de expressar a minha gratidão ao Corpo diplomático junto à Santa Sé, que torna presente a grande família das Nações. Aqui penso também em todos aqueles que trabalham para uma boa comunicação, a quem agradeço pelo seu importante serviço.
Neste ponto gostaria de agradecer verdadeiramente de coração todas as numerosas pessoas em todo o mundo, que nas últimas semanas me enviaram sinais comoventes de atenção, de amizade e de oração. Sim, o Papa não está nunca sozinho, agora experimento isso mais uma vez de um modo tão grande que toca o coração. O Papa pertence a todos e tantas pessoas se sentem muito próximas a ele. É verdade que recebo cartas dos grandes do mundo – dos Chefes de Estado, dos Líderes religiosos, de representantes do mundo da cultura, etc. Mas recebo muitas cartas de pessoas simples que me escrevem simplesmente do seu coração e me fazem sentir o seu afeto, que nasce do estar junto com Cristo Jesus, na Igreja. Estas pessoas não me escrevem como se escreve, por exemplo, a um príncipe ou a um grande que não se conhece. Escrevem-me como irmãos e irmãs ou como filhos e filhas, com o sentido de uma ligação familiar muito afetuosa. Aqui pode se tocar com a mão o que é a Igreja – não uma organização, uma associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que une todos nós. Experimentar a Igreja deste modo e poder quase tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor é motivo de alegria, em um tempo no qual tantos falam do seu declínio. Mas vejamos como a Igreja é viva hoje!
Nestes últimos meses, senti que as minhas forças estavam diminuindo e pedi a Deus com insistência, na oração, para iluminar-me com a sua luz para fazer-me tomar a decisão mais justa não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo na plena consciência da sua gravidade e também inovação, mas com profunda serenidade na alma. Amar a Igreja significa também ter coragem de fazer escolhas difíceis, sofrer, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio.
Aqui, permitam-me voltar mais uma vez a 19 de abril de 2005. A gravidade da decisão foi propriamente no fato de que daquele momento em diante eu estava empenhado sempre e para sempre no Senhor. Sempre – quem assume o ministério petrino já não tem mais privacidade alguma. Pertence sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. Sua vida vem, por assim dizer, totalmente privada da dimensão privada. Pude experimentar, e o experimento precisamente agora, que se recebe a própria vida quando a doa. Antes disse que muitas pessoas que amam o Senhor amam também o Sucessor de São Pedro e estão afeiçoadas a ele; que o Papa tem verdadeiramente irmãos e irmãs, filhos e filhas em todo o mundo, e que se sente seguro no abraço da vossa comunhão; porque não pertence mais a si mesmo, pertence a todos e todos pertencem a ele.
O “sempre” é também um “para sempre” – não há mais um retornar ao privado. A minha decisão de renunciar ao exercício ativo do ministério não revoga isto. Não retorno à vida privada, a uma vida de viagens, encontros, recepções, conferências, etc. Não abandono a cruz, mas estou de modo novo junto ao Senhor Crucificado. Não carrego mais o poder do ofício para o governo da Igreja, mas no serviço da oração estou, por assim dizer, no recinto de São Pedro. São Bento, cujo nome levo como Papa, será pra mim de grande exemplo nisto. Ele nos mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva, pertence totalmente à obra de Deus.
Agradeço a todos e a cada um também pelo respeito e pela compreensão com o qual me acolheram nesta decisão tão importante. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja com a oração e a reflexão, com aquela dedicação ao Senhor e à sua Esposa que busquei viver até agora a cada dia e que quero viver sempre. Peço-vos para lembrarem-se de mim diante de Deus e, sobretudo, para rezar pelo Cardeais, chamados a uma tarefa tão importante, e pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro: o Senhor o acompanhe com a sua luz e a força do seu Espírito.
Invoquemos a materna intercessão da Virgem Maria Mãe de Deus e da Igreja para que acompanhe cada um de nós e toda a comunidade eclesial; a ela nos confiemos, com profunda confiança.
Queridos amigos! Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Não percamos nunca esta visão de fé, que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e do mundo. No nosso coração, no coração de cada um de vós, haja sempre a alegre certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está próximo a nós e nos acolhe com o seu amor. Obrigado!
Fonte: Canção Nova

O Papa que sempre renunciou!

A verdadeira causa da renúncia do Papa.

Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender às 8 da manhã quando te dirigem a palavra para dizer com a maior simplicidade: "Daniel, o papa se demitiu". E eu de supetão respondi: "Demitiu?" A resposta era mais do que óbvia, "Quer dizer que renunciou, Daniel, o Papa renunciou!"
O Papa renunciou. Assim irão acordar inúmeros jornais da manhã, assim começará o dia para a maioria. Assim, de um instante para o outro, uns quantos perderão a fé e outros muitos fortalecerão a sua. Mas este negócio de o Papa renunciar é uma dessas coisas que não se entendem.
Eu sou católico. Um entre tantos. Destes católicos que durante sua infância foi levado à Missa, depois cresceu e foi tomado pelo tédio. Foi então que, a uma certa altura, joguei fora todas as minhas crenças e levei a Igreja junto. Porém a Igreja não é para ser levada nem por mim, nem por ninguém (nem pelo Papa). Depois a uma certa altura de minha vida, voltei a ter gosto por meu lado espiritual (sabe como é, do mesmo jeito como se fica amarrado na menina que vai à Missa, e nos guias fantásticos que chamamos de padres), e, assim, de forma quase banal e simples, continuei por um caminho pelo qual hoje eu digo: sou católico. Um entre muitos, sim, porém, mesmo assim, católico. Porém, quer você seja um doutor em teologia ou um analfabeto em escrituras (destes como existem milhões por aí), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de zombaria e de orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre como Papa.
Por isto, quando acordei com a notícia, como outros milhões de seres humanos, nos perguntamos: por quê? Por que renuncias, senhor Ratzinger? Ficou com medo? Foi consumido pela idade? Perdeu a fé? Ganhou a fé? E hoje, depois de 12 horas, acho que encontrei a resposta: o Senhor Ratzinger renunciou, porque é o que ele fez a sua vida inteira.
É simples assim.
O Papa renunciou a uma vida normal. Renunciou a ter uma esposa. Renunciou a ter filhos. Renunciou a ganhar um salário. Renunciou à mediocridade. Renunciou às horas de sono, em troca de horas de estudo. Renunciou a ser um padre a mais, porém também renunciou a ser um padre especial. Renunciou a encher sua cabeça de Mozart, para enchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a estar aposentado aos 85 anos, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou a desfrutar de seu país. Renunciou à comodidade de dias livres. Renunciou à vaidade. Renunciou a se defender contra os que o atacavam. Pois bem, para mim a coisa é óbvia: o Papa é um sujeito apegado à renúncia.
E hoje ele volta a demonstrá-lo. Um Papa que renuncia a seu pontificado, quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas na de algo ou alguém maior, parece-me um Papa sábio. Ninguém é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem os seus sacerdotes, nem seus leigos, nem os casos de pederastia, nem os casos de misericórdia. Ninguém é maior do que ela. Porém, ser Papa a esta altura da história, é um ato de heroísmo (destes que se realizam diariamente em meu país e ninguém os nota). Eu me lembro sem dúvida da história do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como foi que morreu? Sim, numa cruz, crucificado como o seu mestre, só que de cabeça para baixo.
Nos dias de hoje, Ratzinger se despede da mesma maneira. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado por seus próprios irmãos católicos. Crucificado à sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade, essa que custa tanto entender. É um mártir contemporâneo, destes a respeito dos quais inventam histórias, destes que são caluniados, destes que são acusados, e não respondem. E quando responde, a única coisa que fazem é pedir perdão. "Peço perdão por minhas faltas". Nem mais, nem menos. Que coragem, que ser humano especial. Mesmo que eu fosse um mórmon, ateu, homossexual ou abortista, o fato de eu ver um sujeito de quem se diz tanta coisa, de quem tanta gente faz chacota e, mesmo assim, responde desta forma... este tipo de pessoas já não existe em nosso mundo.
Vivo em um mundo onde é divertido zombar do Papa, porém é pecado mortal fazer piada de um homossexual (para depois certamente ser tachado de bruto, intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo num mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um sujeito que, com 85 anos, quer o melhor para a Instituição que representa. Nós, porém, vamos com tudo contra ele porque, "com que direito ele renuncia?" Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Como se ninguém tivesse preguiça de ir à escola. Como se ninguém tivesse preguiça de trabalhar. Como se vivesse num mundo em que todos os senhores de 85 anos estivessem ativos e trabalhando (e ainda por cima sem ganhar dinheiro) e ajudando a multidões. Pois é.
Pois agora eu sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que irá achá-lo muito estranho. Num mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, porém que daqui a 50 anos ainda irá recordar como, com um gesto simples de humildade, um homem foi Papa e, quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu afastar-se por amor à Igreja. Morra então tranquilo, senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem corpo exibido em São Pedro, sem milhares chorando e esperando que a luz de seu quarto seja apagada. Morra então como viveu, embora fosse Papa: humilde.
Bento XVI, muito obrigado por suas renúncias.
Quero somente pedir minhas mais humildes desculpas se alguém se sentiu ofendido ou insultado com meu artigo. Considero a cada uma (mórmons, homossexuais, ateus e abortistas) como um irmão meu, nem mais nem menos. Sorriam, que vale a pena ser feliz.

Fonte: http://padrepauloricardo.org/blog/o-papa-que-sempre-renunciou

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Bento XVI continuará usando vestes brancas e será chamado Papa emérito 


O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, trouxe novas informações sobre as vestes e o nome de Bento XVI após a renúncia 

Liliane Borges 
Enviada especial a Roma 


Em coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé, nesta terça-feira, 26, o padre Federico Lombardi informou que, após sua saída do Pontificado, Bento XVI continuará usando uma veste branca, no entanto, sem o manto tradicional, e não usará mais os sapatos vermelhos. 

Padre Lombardi destacou que Bento XVI continuará a ser chamado “Sua Santidade Bento XVI”, mas também “Papa emérito” ou “Romano Pontífice emérito”. Ele disse ainda que nestes últimos dias de Pontificado, o Santo Padre tem recebido mensagens de agradecimento de várias partes do mundo. 

Outra informação divulgada pelo porta-voz do Vaticano foi a confirmação de que o Anel do Pescador (Anel do Papa) será anulado no momento em que a Sé ficar Vacante, ou seja, a partir das 20h (horário de Roma – 16h em Brasília) desta quinta-feira, 28. 


 FONTE: Canção Nova

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Publicado documento do Papa com mudanças sobre o Conclave


Possível antecipação

Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa publica documento que permite antecipar o Conclave
Publicado documento do Papa com mudanças sobre o ConclaveO boletim da Santa Sé publicou, nesta segunda-feira, 25, a carta apostólica em forma de Motu Proprio (de iniciativa própria) do Papa Bento XVI com algumas modificações relativas à eleição do Papa. Entre as alterações, está a possibilidade, facultada aos cardeais, de antecipar o Conclave.
No Motu Proprio, ficou estabelecido que “do momento no qual a Sé Apostólica esteja legitimamente vacante, deve-se esperar por 15 dias completos os ausentes antes de iniciar o Conclave”.  O Papa deixa ao Colégio de Cardeais a possibilidade de antecipar o início do Conclave se constar a presença de todos os cardeais eleitores, bem como de prolongar, se houver motivos graves, o início da eleição por alguns dias. Passados, porém, ao máximo 20 dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores presentes devem proceder com a eleição.
Também foram especificadas as normas para o sigilo do Conclave: “Todo o território da Cidade do Vaticano e também a atividade ordinária dos escritórios estabelecidos no seu escopo deve ser ajustada para esse período, de modo a assegurar a confidencialidade e o livre desenvolvimento de todas as operações relacionadas com a eleição do Sumo Pontífice”.
Em relação ao sigilo, também ficou estabelecido que deve ser providenciado, com a ajuda dos prelados clérigos da Câmara, que os cardeais eleitores não sejam abordados por ninguém durante o percurso da Casa Santa Marta, local onde ficam hospedados os cardeais, até o Palácio Apostólico Vaticano.
Caso o sigilo absoluto de questões relacionadas ao Conclave seja violado, isso implicará excomunhão.
Quanto à eleição do novo Pontífice, o Papa estabelece que sua validade estará sujeita à obtenção de, ao menos, dois terços dos votos, computados com base nos eleitores presentes e votantes.
Caso a eleição não tenha êxito, é estabelecido que seja dedicado um dia à oração, à reflexão e ao diálogo. Na eleição sucessiva, terão voz passiva somente dois nomes que, na votação anterior, obtiveram o maior número de votos. Também para esta votação será necessário obter, ao menos, dois terços de votos dos cardeais presentes e votantes. Nestas votações, os dois nomes já não têm mais voz ativa.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Legado de Bento XVI


 Papa Bento XVI deixa um legado extraordinário à Igreja e ao mundo; uma vida inteira dedicada a ela com todo ardor, humildade e zelo apostólico. Desde padre jovem, participou do Concílio Vaticano II (1963-1965) como assessor teológico de seu bispo. Depois, viveu intensamente sua vida na Alemanha como bispo e cardeal. Foi eleito como um dos únicos sacerdotes da Academia de Ciências do Vaticano.

Durante 25 anos, foi Prefeito da “Sagrada Congregação da Doutrina da Fé” do Vaticano, braço direito do Papa João Paulo II, seu grande amigo. Nessa função, teve de enfrentar as heresias modernas de uma teologia da libertação marxista, empolgada com uma falsa “igreja popular” que nasce do povo e não de Deus e de Seu Filho Jesus. Com firmeza, o então cardeal Ratzinger teve de enfrentar as injustas e maldosas críticas dos falsos profetas apoiados pela mídia secular. Foi obrigado a punir teólogos desviados da “sã doutrina” como Leonardo Boff e Jon Sobrino, estrelas da TL.
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Ele foi um profeta que sempre falou de Deus com a fidelidade e a coragem dos grandes personagens bíblicos. Não teve medo de enfrentar e continuar os erros da teologia da libertação marxista, pedindo aos bispos do Brasil, em 05/10/2010, que a eliminassem de suas dioceses tendo em vista o seu grande perigo para a Igreja e para a fé do povo. Disse: “As suas sequelas, mais ou menos visíveis, feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas.”
Conclave que o elegeu Papa foi rapidíssimo; os cardeais eleitores entenderam com clareza que não havia outro gigante à altura de substituir João Paulo II no comando da Barca de Pedro.
Logo que assumiu o pontificado, iniciou sua luta contra o que chamou de “ditadura do relativismo”, a qual nega toda verdade e ensina que cada um faz a sua, algo que destrói a família e a sociedade. O Papa é o paladino e arauto da verdade que salva (cf. Catecismo §851). Ele mostrou que o relativismo “mortifica a razão, porque ensina que o ser humano não pode conhecer nada com certeza além do campo científico positivo”.
Bento XVI, de maneira afável, humilde e reservada, com palavras moderadas e profundas, fez um trabalho apostólico fundamental superando as declarações desviadas dos que “querem uma Igreja desestruturada e que pregam uma teologia libertária, bem longe da verdadeira libertação preconizada na Bíblia”, como disse o Cônego José Vidigal.
Aos bispos que ordenou, no último dia dos reis magos, ele deixou claro que a Igreja não vai mudar só para agradar. “A aprovação da sabedoria predominante não é o critério a que nos submetemos. Por isso, a coragem de contrariar a mentalidade prevalecente é particularmente urgente para um bispo. Ele deve ser corajoso.”
Bento XVI “é um dos maiores intelectuais do mundo contemporâneo e tornou-se um dos mais notáveis Pontífices da História da Igreja”, disse o Dr. Ives Gandra Martins.
O Papa deixa-nos três encíclicas fundamentais: Deus caritas estSpes salvi e Caritas in veritate, que precisam ser estudadas detalhadamente, porque apontam soluções claras para os problemas do mundo moderno. Elas nos mostram o perfeito conhecimento de todos os problemas da realidade mundial a partir do homem, procurando salvar os verdadeiros valores da humanidade.
Bento XVI abriu um diálogo profundo com os intelectuais, especialmente os ateus, com o Programa “Pátio dos Gentios”, levando o debate a eles nas maiores universidades do mundo, buscando quebrar a mentira de que entre a ciência e a fé haja uma dicotomia.
O Papa deixa-nos uma quantidade imensa de excelentes livros, especialmente a série “Jesus de Nazaré”, escrita durante o pontificado, mostrando a realidade histórica de Jesus e a coincidência do Cristo da fé com o da História. Dr. Ives Gandra disse que “talvez tenha sido, em 2 mil anos de história da Igreja, o pontífice mais culto e o que mais escreveu”.
Luana-PAPA
Bento XVI foi um Papa corajoso; não teve medo de enfrentar as acusações injustas que recebeu de ter sido omisso diante dos casos de pedofilia, e agiu com energia para corrigir o problema. Não se curvou diante de tantas blasfêmias contra ele, como a recente e deplorável peça de teatro na PUC de São Paulo (Decapitando o Papa). Por outro lado, não se curvou diante de um feminismo barulhento, também interno à Igreja, e de um modernismo vazio que quis lhe impor a quebra do celibato sacerdotal, a aceitação da ordenação de mulheres e outros erros.
Tal como um novo São Bento de Núrcia, Bento XVI deu início ao reerguimento do Ocidente. O primeiro enfrentou os bárbaros com seus monges cultos e santos espalhados em toda a Europa; o novo Bento enfrentou os “novos bárbaros” que não saqueiam casas e cidades, mas matam as almas e os valores e civilização cristã que tanta luta e sangue custaram dos filhos da Igreja.
Bento XVI soube interpretar e defender o Concílio Vaticano II dos ataques injustos que recebeu tanto dos ultraconservadores que quiseram ver nele as causas dos problemas da Igreja e do mundo, bem como dos avançadinhos ultramodernos que querem ver no Concílio um absurdo “rompimento da Igreja com seu passado”. O Papa soube dar continuidade à “Primavera da Igreja”, a qual o Concílio nos trouxe, como disse João Paulo II. E agora nos deixa o “Ano da Fé” e a proposta de uma nova evangelização.
Mesmo a renúncia de Bento XVI é um legado importante para a posteridade, porque é um gesto de profunda humildade e desapego, corajoso, coerente e fervoroso. Um ato de desprendimento das coisas terrenas, num tempo em que todos se apegam ao poder para se promover, para fazer valer a sua vontade etc. Penso que essa decisão histórica do Papa fará com que outros tenham a mesma coragem de repetir o seu gesto quando isso for necessário.
Professor Felipe Aquino 

Eleição do novo Papa

Documento que estabelece regras para eleição do Papa é tema de coletiva no Vaticano
Rádio Vaticano
A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis de João Paulo II esteve no centro da coletiva realizada, nesta sexta-feira, 22, na Sala de Imprensa da Santa Sé. O Secretário do Pontifício Conselho para a Interpretação dos Textos Legislativos, Dom Juan Ignacio Arrieta, ofereceu aos jornalistas acreditados junto à Sala de Imprensa, uma releitura dessa Constituição Apostólica sobre a vacância da Sé Apostólica e da eleição do Sumo Pontífice.
A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada pelo Papa João Paulo II em 22 de fevereiro de 1996, estabelece as regras, hoje vigentes, para a eleição do Pontífice. Na Constituição se prevê a Sé Vacante também para a renúncia do Papa. Durante a vacância, ao Colégio Cardinalício é confiado o governo da Igreja apenas para o desempenho de assuntos ordinários. No período de Sé Vacante estão previstos dois tipos de Congregações dos cardeais. A primeira é geral e participam todos os cardeais. A outra Congregação, chamada de “particular” e reservada para assuntos de menor importância, participam o cardeal camerlengo e três outros cardeais eleitores que são escolhidos por sorteio a cada três dias.
Na Constituição se recorda que é 120 o número máximo de cardeais eleitores. Estão excluídos da votação os purpurados que completaram 80 anos no dia em que tem início a Sé Vacante. A Constituição prevê também que a eleição do Pontífice continue a ser realizada na Capela Sistina e que os cardeais se hospedem na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano. Dentre as novidades que introduz a Constituição, a abolição da eleição por aclamação, com votação unânime e clara, e por compromisso, reservada a alguns cardeais que representam todos os cardeais eleitores. A única forma reconhecida é a de voto secreto.
Sobre as questões relativas ao Conclave e sobre a possibilidade de antecipar o início, Dom Juan Ignacio Arrieta recordou que Bento XVI poderá emitir um Motu Proprio antes da Sé Vacante. “O Papa pode modificar a lei do Conclave, antes da Sé Vacante. O pontífice poderia decidir isso com uma alteração da Constituição, para evitar que os cardeais permaneçam 15 dias a mais fora da própria sé. Isso é possível, mas não se sabe se o Papa irá fazê-lo”, ressaltou Dom Arrieta.
Nenhum Cardeal eleitor poderá ser excluído da eleição. A renúncia, que deve ser aceita pelo Colégio Cardinalício, pode ser por razões de saúde comprovadas ou grave impedimento. Os cardeais que de qualquer forma revelarem a qualquer outra pessoa a notícia sobre a eleição do Papa podem receber a pena de excomunhão. Mesmo um cardeal que recebeu a excomunhão tem o direito de votar.
Já o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, falou sobre as possíveis renúncias de participação no próximo Conclave: “Acredito que todos nós ouvimos, seguindo as informações, que o cardeal de Jacarta, na Indonésia, apresentou dificuldade pelos seus motivos de saúde, mas a aceitação dos motivos, avaliar se é justificado ou não, depende do Colégio Cardinalício.”
Segundo a Constituição Universi Dominici Gregis vigente, passados 15 dias, no máximo 20, do início do período de Sé Vacante, todos os cardeais eleitores devem proceder à eleição. No primeiro dia está prevista apenas uma votação. Estão previstas, depois, quatro votações por dia, duas de manhã e duas à tarde. Os cardeais devem abster-se de correspondência com pessoas que estão fora do âmbito do procedimento da eleição. Em relação à cédula eleitoral, ela tem uma forma retangular. Na parte superior aparecem as palavras: ‘Eligo in Summum Pontificem’. Na metade inferior o cardeal escreve o nome do eleito. A cédula deve ser preenchida secretamente pelo cardeal eleitor que escreverá claramente o nome da pessoa escolhida.
A única mudança na Constituição Universi Dominici Gregis foi introduzida por Bento XVI, em 2007, com o Motu Proprio ‘De Aliquibus mutationibus in normis de eletione Romani Pontifici’, que restaura, em todas as votações, o quorum de dois terços para uma eleição válida. Depois da 34ª votação se passa para o segundo turno entre os dois cardeais que obtiveram o maior número de votos na votação anterior. Para que a eleição seja válida, é sempre necessária a maioria de pelo menos dois terços dos votantes.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Câmara Apostólica é o centro das decisões após final do pontificado



A Câmara Apostólica, organismo da Santa Sé que remonta pelo menos ao século XI, vai passar a ser o centro do governo da Igreja Católica após o final do pontificado do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro.

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A instituição é liderada pelo Cardeal Camerlengo, Tarcisio Bertone, que é o atual secretário de Estado do Vaticano, e tem funções de presidência durante a Sé vacante, período entre o fim de um pontificado e a eleição de um novo Papa.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, adiantou na última semana que é a Câmara Apostólica que tem analisado as questões relacionadas com o tratamento a dar a Bento XVI após o final do pontificado ou mesmo a possibilidade de antecipar o início do Conclave.

Dois dias após ter apresentado a sua renúncia, o Papa alemão nomeou Dom Giuseppe Sciacca, secretário-geral do governo do Estado do Vaticano, como auditor geral, uma espécie de conselheiro jurídico, da Câmara Apostólica.

A constituição Universi Dominici Gregis, assinada pelo então Papa, Beato João Paulo II, em 1996, sublinha as responsabilidades do camerlengo, que encarrega de selar o escritório e o quarto do Papa após o final do pontificado, bem como de inutilizar (‘anular’) o anel e o selo de chumbo do pontífice.

Compete ao camerlengo, durante o período de Sé vacante, “cuidar e administrar os bens e os direitos temporais da Santa Sé, com o auxílio dos três cardeais assistentes, precedido - uma vez para as questões menos importantes, e todas as vezes para as mais graves - do voto do Colégio dos cardeais”.

Esta comissão tem que providenciar o alojamento dos cardeais eleitores na Domus Sanctae Marthae (os quartos são atribuídos por sorteio), situada no Vaticano, a preparação da Capela Sistina, onde decorre a eleição, e a seleção de dois eclesiásticos de íntegra doutrina, sabedoria e autoridade moral para a apresentação de meditações sobre os problemas da Igreja. Aos mesmos responsáveis compete estabelecer o dia e hora para o início das operações de voto.

Fonte: Canção Nova

JMJ lança Página Global no Facebook para integrar perfis oficiais



Agora todos os 21 perfis da Jornada Mundia da Juventude (JMJ) Rio2013 no Facebook estão integrados. Quem acessar a JMJ no Facebook poderá também acessar o perfil oficial em alemão ou francês, por exemplo. Serão possíveis acessos também em árabe, croata, eslovaco, esloveno, espanhol, húngaro, inglês, italiano, japonês, polonês, português, romano, russo, vietnamita, chinês, lituano, maltês, tágalo e tcheco.


Para modificar o acesso, basta clicar no botão de configurações e escolher a opção correspondente ao país. Aparecerá a lista de países. A página mudará para o perfil selecionado. Esta possibilidade já está disponível. A mudança é uma forma de aumentar o contato entre os jovens do mundo que querem saber mais sobre a Jornada.

Com a novidade, são mais de 730 mil fãs da JMJ no Facebook. Este número é o resultado da integração das páginas.

É a primeira vez que é realizado esse procedimento na Jornada Mundial da Juventude. Esse método é utilizado por importantes organizações internacionais e desde a JMJ de 2011, em Madri, a ideia de integração dos perfis já era pensada.

De acordo com o gerente de Comunicação da JMJ Rio2013, Benjamin Paz, essa mudança é muito positiva, traz mais credibilidade para as páginas oficiais e conta com estatísticas que ajudarão a melhorar a estratégia de comunicação na mídia.

“Acreditamos que vai melhorar a experiência das pessoas que acompanham a JMJ, segundo o nosso objetivo de interagir e dar a informação da melhor maneira possível. Dessa forma, vamos conseguir com que os jovens experimentem a Jornada, tanto para os que vão participar e para os que não puderem vir, que possam vivenciar o evento e tudo o que acontece através das mídias sociais. Levando assim, a mensagem do Papa a todos eles”, explica Benjamin Paz.

Site oficial da JMJ Rio2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Programação especial para a criançada 
no carnaval Crux Sacra 


O Carnaval Crux Sacra 2013 também contou com uma programação toda especial para a criançada. Brincadeiras, dinâmicas, oficinas de arte, gincana, banho de mangueira, momentos de louvor e oração, historinhas Bíblicas e muita animação marcaram o “retirinho”, que foi encerrado com o “bloquinho da alegria” na tarde da terça-feira de carnaval. 

Paulo Henrique, 11, da cidade de Carpina-PE, afirma ter gostado muito do retirinho Crux Sacra: “Eu pude me divertir bastante esses três dias. Tivemos muitas brincadeiras e aprendemos a orar também”. O garoto ainda faz uma comparação: “O retirinho é diferente do carnaval que eu vejo lá fora, onde as pessoas ficam bebendo e brigando”, diz. 

A pré-discípula da Crux Sacra Geórgia Kaliandra (uma das monitoras do retirinho) fala com satisfação da oportunidade de realizar trabalhos que, de alguma forma, puderam marcar a vida de cada uma das crianças: ”A experiência foi maravilhosa. Melhor ainda é saber que plantamos uma semente de carnaval diferente, na presença de Deus, em cada coração”, declara.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Continuaremos a chamá-lo de Bento XVI, diz porta-voz do Vaticano 

Da Redação, com Rádio Vaticano 

O Papa Bento XVI poderá continuar sendo chamado de Bento XVI após sua renúncia. Isso foi o que disse o porta voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 14, no Vaticano.

Respondendo aos jornalistas que indagavam sobre a forma como se referir ao Papa no futuro, Padre Lombardi explicou que “ainda não se tem clareza” se será “Bispo emérito de Roma”. Mas quanto ao nome “Bento XVI”, esclareceu que é um título ao qual não pode renunciar. 

“Penso poder reiterar que Bento XVI é um título ao qual não pode renunciar: é o seu nome como Papa, que levou para toda a Igreja e para todo o mundo oficialmente, por oito anos. Então certamente nós continuaremos a poder dizer que é Bento XVI. Isto não muda e não pode evidentemente mudar!”, disse o porta voz. 

Sobre a viagem do Papa após 28 de fevereiro, ele explicou que serão Dom George Gaenswein, que permanece prefeito da Casa Pontifícia, e as “leigas consagradas da família pontifícia”, que já se ocupam da vida cotidiana do Papa, a acompanhá-lo primeiro para Castel Gandolfo, depois para o Vaticano. 

O porta voz também explicou que os cardeais que vão chegar ao Vaticano estarão a partir de 1º de março, não antes disso, na Casa Santa Marta. Ele confirmou que o conclave iniciará entre 15 e 20 de março, “a data será comunicada durante a sede vacante” e que seja o Cardeal Walter Kasper seja o Cardeal Severino Poletto poderão participar, porque completarão 80 anos em março. O limite previsto para o voto é para quem já completou esta idade no primeiro dia da sede vacante. 

Com relação ao encontro do Papa com os párocos e sacerdotes de Roma, realizado também nesta quinta-feira, padre Lombardi disse aos jornalistas que foi um “testemunho único do Concílio Vaticano II”. Mais uma vez, ele voltou a reiterar que a renúncia do Pontífice aconteceu por motivos de envelhecimento e que nem a queda durante a viagem ao México nem outras motivações influíram sobre sua decisão.

Pe. Silvio responde às perguntas de jornalistas sobre a renúncia do Santo Padre



TV Diário: Com o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI, o que muda na Jornada Mundial da Juventude? O evento vai deixar de acontecer? 

Pe. Silvio: De modo algum. O evento vai acontecer e a vida ordinária da Igreja continua, porque quem conduz a Igreja é o Espírito Santo que está sobre todas as coisas. O santo padre continua no ministério petrino até o dia 28 de fevereiro, depois o Colégio Cardinalício vai assumir a Igreja por alguns dias e daqui a um mês ou mais um pouquinho, no máximo, nós teremos o novo santo padre eleito. Também nós percebemos na eleição do novo santo padre, uma obra da graça de Deus, uma obra do Espírito Santo. Com certeza, Deus vai preparar aquele santo padre que nós precisamos para este momento da história da Igreja e a Jornada Mundial da Juventude vai acontecer com todo o vigor. Os jovens do Brasil vão ter a oportunidade de conhecer o santo padre no início do seu pontificado. De certo modo, os jovens do Brasil vão ter a oportunidade de criar afinidade, de fazer amizade com o novo santo padre já no início do seu pontificado e acompanhá-lo com as suas orações e com o apostolado fervoroso da juventude durante todo o seu pontificado. Deus sabe o que faz, tudo está nas mãos de Deus. Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus e, com certeza, hoje nós vivemos na Igreja um momento de dor, porque nós amamos Bento XVI. Bento XVI é aquele papa que todo mundo desejava escutar, os seus escritos são maravilhosos, uma figura de santidade. Em Roma já se dizia “o Papa bom”, Bento XVI. Então, nós sofremos, há dor pela renúncia de Bento XVI. No entanto, nós temos a certeza de que tudo está nas mãos de Deus e que isso que está acontecendo, numa ótica divina, é o melhor para a Igreja, é o melhor para os jovens e que Deus vai nos dar um santo padre que continue guiando a Igreja de Cristo nos passos do Bom Pastor. 

TV Diário: O que significa, para os católicos o momento em que um novo papa assume? 

Pe. Silvio: É um momento de renovar a fé, de renovar a esperança. Eu vou pegar aqui as palavras que o próprio Bento XVI, ainda cardeal Ratzinger, disse quando João Paulo II já estava bem doentinho. Ele deu algumas entrevistas e, após a morte de João Paulo II, ele disse, diante dessa pergunta que você me dirigiu: “O Espírito Santo nunca deixa a Igreja só”. Quando nós perdemos Paulo XVI, nós não sabíamos para onde a Igreja iria e o Espírito Santo rapidinho, em um conclave bem breve, nos deu João Paulo I. João Paulo I faleceu com 33 dias de pontificado, os cristãos, no mundo inteiro ficaram também perplexos. De repente, em um conclave também breve, Deus nos deu João Paulo II. Só que o cardeal Ratzinger não sabia que ele estava profetizando sobre si mesmo, porque o conclave que elegeu Bento XVI foi muito veloz, foi um conclave em quatro escrutínios, em 36 horas, uma coisa velocíssima. E nós tivemos Bento XVI que durante oito anos governou a Igreja de modo magistral e deixa um patrimônio espirital e intelectual enorme para os cristãos de todos os tempos. É tempo de ter confiança em Deus, é tempo de termos certeza de que o Espírito Santo não deixa a Igreja só. O Espírito continuará nos assistindo e nos dará um papa segundo o coração de Deus. 

Portal Shalom: Sobre o Ano da Fé, continuam as catequeses feitas agora pelo Colégio Cardinalício? 

Pe. Silvio: O Colégio Cardinalício vai governar a Igreja por nove dias ou quinze dias, duas semanas... 

Portal Shalom: O conclave pode durar quanto tempo? 

Pe. Silvio: Eu não saberia lhe dizer agora o exato, mas pode durar doze ou catorze dias, mas isso não acontece. Por que? Quando o papa falece não se fala de conclave até o sepultamento. Quando o santo padre é sepultado, os cardeais passam nove dias discutindo os problemas da Igreja e nesses dias, sob oração e discutindo os problemas da Igreja, já se chega a um consenso. O conclave é mais um momento de formalizar aquilo que já foi decidido durante nove dias de oração e discussão. Como Bento XVI está vivo, esses nove dias de conferências, de discussões sobre a situação da Igreja já vão acontecer a partir de 1º de março. Então, provavelmente, nós teremos um conclave a partir de 9 ou 10 de março e será brevíssimo.

Fonte: Comunidade Shalom
A renúncia do Papa e os oportunistas da imprensa secular 

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior 
Arquidiocese de Cuiabá - Mato Grosso 

Que a mídia secular não é o melhor meio para se informar a respeito da Igreja Católica, isso não é novidade. Basta fazer uma rápida leitura nas manchetes dos principais jornais do país a respeito da renúncia do Papa Bento XVI para se ter a certeza de que o amadorismo reina nessas aclamadas agências de notícias. No entanto, acreditar na simples inocência desses senhores e cobri-los com um véu de caridade por seus comentários maldosos e, muitas vezes, insultuosos não seria honesto. É necessário compreender muito bem que muitos desses veículos estão ardorosamente comprometidos com a desinformação e com os princípios contrários à reta moral defendida pela Igreja. Daí a quantidade de sandices que surgiram na mídia nos últimos dias. 

Logo após o anúncio da decisão do Santo Padre, publicou-se na imprensa do mundo todo que a ação de Bento XVI causaria uma "revolução" sem precedentes na doutrina da Igreja. Uma atrapalhada correspondente de uma emissora brasileira afirmou que a renúncia do papa abriria caminho para as "reformas" do Concílio Vaticano II e que isso daria mais poderes aos bispos. Já outros declaravam que os recentes fatos colocavam em xeque o dogma da "Infalibilidade Papal", proclamado pelo Concílio Vaticano I. Nada mais fantasioso. 

É verdade que uma renúncia tal qual a de Bento XVI nunca houve na história da Igreja. A última resignação de um papa aconteceu ainda na Idade Média e em circunstâncias bem diversas. Todavia, isso não significa que o Papa Ratzinger tenha modificado ou inventado qualquer novo dogma ou lei eclesiástica. O direito à renúncia do ministério petrino já estava previsto no Código do Direito Canônico, promulgado pelo Beato João Paulo II em 1983. Portanto, de modo livre e consciente - como explicou no seu discurso - Bento XVI apenas fez uso de um direito que a lei canônica lhe dava e nada nos autoriza a pensar que fora diferente. Usar desse pretexto para fazer afirmações tacanhas sobre dogmas e reformas na Igreja é simplesmente ridículo. Quem faz esses comentários carece de profundos conhecimentos sobre a doutrina católica, sobretudo a expressa no Concílio Vaticano II. 

Outros comentaristas foram mais longe nas especulações e atestaram que a renúncia do Papa devia-se às pressões internas que ele sofria por seu perfil tradicionalista e conservador. Além disso, as crises pelos escândalos de pedofilia e vazamentos de documentos internos também teriam pesado na decisão. Não obstante, quem conhece o pensamento de Bento XVI sabe que ele jamais tomaria essa decisão se estivesse em meio a uma crise ou situação que exigisse uma particular solicitude pastoral. E isso ficou muito bem expresso na sua entrevista com o jornalista Peter Seewald - publicada no livro Luz do Mundo - na qual o Papa explica que em momentos de dificuldades, não é possível demitir-se e passar o problema para as mãos de outro. 

Mas de todas as notícias veiculadas por esses jornais, certamente as mais esdrúxulas foram as que fizeram referência às antigas "profecias" apocalípiticas que prediziam o fim da Igreja Católica. Numa dessas reportagens, um notório jornal do Brasil dizia: "O anúncio da renúncia do papa Bento 16 fez relembrar a famosa "Profecia de São Malaquias", que anuncia o fim da Igreja e do mundo". É curioso notar o repentino surto de fé desses reconhecidos laicistas logo em teorias que proclamam o fim da Igreja. Isso tem muito a dizer a respeito deles e de suas intenções. 

Por fim, também não faltaram os especialistas de plantão e teólogos liberais chamados pelas bancadas dos principais jornais do país para pedir a eleição de um papa "mais aberto". Segundo esses doutos senhores, a Igreja deveria ceder em assuntos morais, permitindo o uso da camisinha, do aborto e casamento gay para conter o êxodo de fiéis para as seitas protestantes. A essas pretensões deve-se responder claramente: A Igreja jamais permitirá aquilo que vai contra a vontade de Deus e nenhum Papa tem o poder de modificar isso. A doutrina católica é imutável. Ademais, os fiéis jovens da Igreja têm se mostrado cada vez mais conservadores e avessos à moral liberal. Inovações liberais para atrair fiéis nunca deram certo e os bancos vazios da Igreja Anglicana são a maior prova disso. 

O comportamento vil da mídia secular leva-nos a fazer sérios questionamentos sobre a credibilidade e idoneidade dos chefes de redações que compõem as mesas desses jornais. Das duas, uma: ou esses senhores carecem de formação adequada e por isso seus textos são recheados de ignorâncias e nonsenses, ou então, esses doutos jornalistas têm um sério compromisso com a desinformação e a manipulação dos fatos, algo que está diametralmente oposto ao Código de Ética do Jornalismo. Se fôssemos seguir a cartilha desses órgãos de imprensa, hoje seríamos obrigados a crer que Bento XVI liberou a camisinha, excomungou o boi e o jumento do presépio, acobertou padres pedófilos e mais uma série de disparates que uma simples leitura correta dos fatos seria o suficiente para derrubar a mentira. 

Na sua mensagem para o Dia Mundial da Comunicação de 2008, o Papa Bento XVI alertou para os riscos de uma mídia que não está comprometida com a reta informação. "Constata-se, por exemplo, que em certos casos as mídias são utilizadas, não para um correcto serviço de informação, mas para «criar» os próprios acontecimentos", denunciou o Santo Padre. Bento XVI assinalou que os meios de comunicação devem estar ordenados para a busca da verdade e a sua partilha. Pelo jeito, a imprensa secular ainda tem muito a aprender com o Santo Padre.

Baile à fantasia encerra retiro de carnaval 
da Comunidade Crux Sacra 


O carnaval Crux Sacra 2013 terminou terça, 12, em clima de muita festa, com o tradicional baile a fantasia. Bastante alegria e gratidão a Deus na última noite do retiro que reuniu mais de duzentas pessoas no Centro Pastoral da Diocese de Nazaré, em Carpina-PE, no período de 09 a 12 de fevereiro. 

Apresentações de dança, homenagens, momentos de oração, vídeo com a retrospectiva do encontro e muita música marcaram a noite dançante, animada pelo ministério de louvor Crux Sacra.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Veja trecho da Homilia do Padre José Vieira (Paróquia do Sagrado Coração de Jesus do Carpina-PE), no retiro de carnaval da Comunidade Crux Sacra

Veja trecho da pregação de Rita de Cássia, no retiro de Carnaval da Comunidade Crux Sacra

Muita festa e emoção no último dia de retiro 
do carnaval Crux Sacra 2013 

A terça-feira de carnaval, 12, começou cedo na Comunidade Crux Sacra. O “Bloco do Acorda” saiu às 05:30h, tirando a galera da cama e agitando a manhã do último dia de retiro. 

A primeira pregação do dia foi ministrada pela missionária da Crux Sacra Rita de Cássia, que falou sobre o tema: “Jesus é a alegria que não passa”. Com insistência e autoridade, Rita alertou a todos acerca da necessidade de colocarem sua felicidade unicamente em Cristo, que é a alegria verdadeira. “Há pessoas que colocam sua alegria no que é externo. Que tal colocarmos hoje a nossa alegria em Jesus, e nos decidirmos de verdade por ele”? 

Logo em seguida, o pré-discípulo da Crux Sacra Felipe Antônio, de Condado-PE, que recentemente sofreu um acidente de moto com o seu irmão, partilhou sobre o milagre de Deus que conseguiu alcançar (Felipe precisou amputar a perna esquerda e seu irmão José Messias perdeu os movimentos do braço esquerdo por causa de uma bactéria). Ele emocionou a todos com o seu testemunho de superação e alegria diante do sofrimento. “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Decidi não me entregar ao sofrimento, porque Deus nos fez para sermos plenos de alegria. Eu não poderia estar triste porque, mesmo tendo perdido uma perna, eu ainda posso ficar de pé”, declarou. 

Após o testemunho, aconteceu a celebração da Santa Eucaristia, presidida pelo Padre José Vieira, da paróquia do Sagrado Coração de Jesus do Carpina-PE. Além de discorrer sobre o período da Quaresma, que se inicia na quarta-feira de cinzas, Pe. Vieira chamou atenção para a indispensabilidade da oração na vida do cristão: “uma vida crista sem oração é um arcabouço, uma vida vazia. É a oração que nos sustenta na caminhada e nos aproxima de Deus”, disse. 

A programação da manhã foi encerrada com um almoço ao ar livre, ao som de um pagodinho ao vivo.


A parte da tarde foi dedicada à Divina Misericórdia. A cofundadora da Crux Sacra Josinete Alves rezou o Terço da Divina Misericórdia e conduziu um forte momento de partilha da Palavra, oração e intercessão. Profundo e inspirador o momento em que os participantes rezaram uns pelos outros, pelas suas famílias e pelo mundo inteiro. 

Fazendo a declaração de que fé é crer no que não se vê, a cofundadora falou que só haverá alegria se houver fé; uma vez que a alegria é fruto de um coração cheio de confiança. “Mesmo diante do sofrimento, nosso coração precisa permanecer alegre porque acredita que as promessas de Deus já se cumpriram nas nossas vidas”, proclamou.